Páginas

janeiro 16, 2020

livro de aventuras do Lupe - Capitulo 8

                             Capitulo 8 - CONHECENDO A NOITE VAMPIRESCA
Lucky nos levou para a festa, de kombi!!!
Eramos muitos na parte de trás da kombi. O tio que vendia as bebidas, e que não havia bebido nem usado nenhuma droga, foi quem dirigiu, nos levando até lá. As janelas estavam abertas. Entrava um vento ocasional, que era uma brisa e tanto. Fui vendo as ruas passarem como se fossem um filme em movimento.
Algumas horas lucky ou Jader gritavam para os passantes. Coisas zoadas, como: “Olha o poste ô cegueta!“ “Tu podia ir lá em casa, em ô gatinha!“ “Vai perder os dentes se ficar zoando por aí, ô otário!!!“ “Boca fechada não entra mosca ô falador!!!“
Um dos passantes, que Lucky e Jader conhecia, até parou e entrou na kombi conosco para se divertir na festa com a gente.
Ana estava ao lado de Rodrigo dentro da kombi. Se beijavam e conversavam muito, mas mais de cantinho. Eu sentia um calor diferente, vindo da alma dos outros que estavam presentes.
- Voce esta bem? - perguntou Vicente.
Eu disse que sim, e que realmente iriamos nos divertir naquela noite.
De repente a kombi parou na frente de uma festa. Tinha pessoas bebendo e fumando e se divertindo do lado de fora da famosa TRAMP HOUSE.  Ao chegar lá existia muita gente vestida de preto e muita energia no ar, o efeito do LSD só aumentava mas dava para aguentar. Era muito estranho perder o controle como eu tinha perdido. Misturei as coisas demais.
A festa parecia uma bolha de energia muito intensa.

Quando entramos, ficamos sentados à uma mesa circular. Tinha vampiros lá, na festa. Estava cheio deles! Eu conseguia sentir a energia deles, diferente das dos outros e sabia quem era humano normal e quem não era. A energia dos vampiros era mais vermelha, preta e roxa do que os outros, de tons de azul, rosa, amarelo e verde.
- Esse som está maneiro demais! - disse eu, querendo quebrar o gelo.
- Aqui é bom de se estar. Não fique com medo! O medo só atrapalha nossa caminhada. - disse Saulo, um garoto que eu havia visto no show dos Kardesh e que estava na mesma festa e sentou na mesma mesa que nós estavamos. Era amigo de Lucky e Jader.
- Garoto, aproveite a noite, curta! Vá dançar um pouco – disse Lucky para mim.
- Voce sabe dançar não é mesmo Lupe? Ja te vimos dançando nos eventos abertos que existe na cidade e tambem alí no Playground Punk! - Disse Jader.
- Sim!!! Eu adoro estes eventos abertos!!! Pretendo ir em quase todos que existem e criam, - Disse eu, sorrindo. - São esses hippies, se aliando com anarquistas e anarquistas com punks, e todo mundo se dando bem... não é nada que se dê para brincar. Mas mesmo assim, as noites tambem são perigosas!
- HAHAHA – riram quase todos.
- Nao é tao inseguro quanto você pensa – disse Lucky - Mesmo com a insegurança que estes demonios causam, é raro ser atacado por um!!! Eles querem dominar a cidade! Mas tambem existe leis aqui! Impostas tanto pela esquerda quanto a direita da parte do governo, quanto da máfia de Green Bejuice e Attack Yuri, e tambem de outros grupos potentes. O governo e eles cuidam para que tudo não saia do controle.
- Por falar nisso Lucky, eu acho que esta na hora de pensarmos num plano melhor para os dois lados. Eu te juro que apenas avistei demonios, mas nunca fui atacado por um! Essa libertinagem de nossos grupos é boa, mas me preocupo com os trabalhadores da cidade!!! São inocentes que vivem a vida deles querendo ser comandados e controlados para que nada saia do controle. São pais e mães de pessoas como nós aqui nesta mesa! Eles não mercem ter suas coisas roubadas! Nem serem assasinados por qualquer intriga imoral. - disse eu.

 Lucky ficou serio.
- Muitos não se dão o respeito próprio Lupe!!! Como voce viu nos videos! Muitos não leem livros e só querem lerem jornais para serem controlados! Eles rogam e desejam isso! Alguns nem jornais leem e só veem a caixa preta que chamamos de televisão e isso é incrivelmente depressivo!!! Você não deve se preocupar com esses animais selvagens que querem só um trabalho e viver no padronismo. Alguns livros contrabandeados pelo deserto nos dizem que o Criador vai transformar eles em cachorros ou burros e cavalos de carga, pois só o que fazem é trabalhar, transar, comer e dormir!!! Mau dão bola para sonhos... Nunca conheceram Morpheus e poucos, raros, são os que rezam para o Criador com uma vontade mais afinca!!! É tao melhor ter uma família como a nossa onde cuidamos nós mesmos de tudo e de todos.
- Mas eu não consigo mais ficar quieto!!! Quero fazer algo!!! Você me mostrou muitas coisas hoje na televisao do reino de vocês! E eu quero fazer parte!
- Vou rezar e desejar que nosso líder, Morpheus, entre em sua mente e nos seus sonhos, e lhe conte segredos. Talvez ele lhe fale de algum plano sobre a cidade rica! Você tambem é um dos chamados! Tenho certeza!! - disse fechando o punho e batendo levemente na mesa. - Certamente que és! Pois se não... - disse indo com a face e corpo para frente da mesa me olhando mais de perto - Não teriamos nos conhecido, e nos tornado tao chegados, em apenas uma noite. - finzalizou Lucky.
- É acho que você tem razão compadre! - Disse eu, envergonhado e querendo encerrar o assunto. Já estava alucinando com a ideia de eu ser o escolhido para salvar o Planeta La Morandos Selados. Alguns sinais me mostravam isso.
Queria desviar deste assunto antes que eles percebessem que eu era o escolhido para salvar o planeta. Alias, comentando isso, nessa noite em que usei a quimica, eu via alguns sinais importantes e indescritiveis de que eu realmente era o escolhido.
Como eu posso escrever? ... Era eu quem estava criando as músicas com minha mente!!! Pois eu já sabia elas de cor!!! MAS SEM NEM CONHECE-LAS!!! EU ERA CONHECIDO POR TODOS!!! SEM NEM CONHECER NINGUEM!!! Isso entre outros pensamentos que acho que vinham de Morpheus me dizendo que eu tinha uma missão. Que era melhor eu parar de beber naquela festa antes que eu confudisse minha mente mais ainda! Outros sinais e olhares que me davam que eu pensava que eu só poderia ser o escolhido mesmo! Outras coisas que não sei descrever!!!
- Ana! Você quer ir dançar? - Perguntou Rodrigo, se levantando.
- Com você! ... Eu danço até o sol raiar!!! - disse Ana, rindo.
Levantou, e os dois foram ir dançar. Vicente foi logo depois acompanhado de mais três pessoas que estavam sentadas na mesa.
- Você já trabalhou Lucky? - Perguntei eu, interessado em emprego e faculdade, e comçando um novo assunto.
- Sim, já! - disse ele se acostumando com o rumo da conversa. - E você? Já trabalhou!?
- Sim! Já!!! - Menti eu, pois eu recebia da gangue Green Bejuice, mas não era um emprego rotineiro e normal como outros seres humanos normais - Mas acho muito chato! - Eu disse, e como ninguem falou mais nada por cinco segundos, eu continuei. - Eu até quero conhecer o que é a faculdade, e um emprego novamente, mas como eu ainda tenho 23...eu quero mesmo é conhecer o Deserto que contrabandeia artes para a cidade rica!
- Ah!!! Eu ando querendo viajar para lá! Estou confirmando isso com nosso líder em sonhos, e em pensamentos! E estou planejando minha viagem até lá. - Isso ele me disse mais de canto, pois os outros já estavam conversando outras coisas ou já haviam saído para dançar. - Lá, o deserto, é chamado de Arkadia!
- Arkadia! - Repetiu eu.
- Sim, Arkadia!!! - Disse Lucky, feliz. - E tem dois lados. O da esquerda que é conhecido como Caravana. E o da direita, que é conhecido como Carruagem!!!
- Oh, que legal! - Completei eu.
- Sim, bem legal! - Dizia Lucky - Aqui está um mapa! - E tirou do bolso um mapa que levava na carteira. Me mostrou, vou mostrar para vocês o dele.


- Eu já havia visto pois tenho um mapa parecido lá em casa. Mas não sabia os seus nomes. Legal saber disso.
- O da esquerda, Caravana, tem fadas, - ele dizia em meu ouvido. Tinha sentado do meu lado. - gnomos, unicornios, animais que falam nossa lingua, e outros seres mais felizes... - Ele dizia apontando para o mapa. - Já o outro lado, a Carrruagem, tem seres mais obscuros. Como alguns demonios que vieram para o lado do bem. Alguns roqueiros e punks. Alguns Rock and Roll
E eu fui dançar, dancei pra caralho e me diverti como nunca, mas minha mente estava zunindo de sensações malucas e equivocas. Me deu certos pensamentos negativos numa hora ou outra. E as queria fora de minha mente. Então sentei na mesa e acendi um cigarro. O gosto estava diferente, havia se tornado ruim. As tragadas me fizeram tossir. Mas na mesa estava legal, e o cigarro ainda me acalmava.
Lucky começou a dizer que a festa estava legal e que eles estavam se divertindo um monte, Vicente já estava descançando da dança tambem, e Rodrigo ainda beijava Ana.
- Lupe, eu vou te levar para o meu ninho. Quero que você conheça onde eu moro. - cochichou Vicente
Foi nessa hora que percebi que eu nada tinha dito, todo esse tempo, que eu não vim de uma fazenda qualquer do lado de fora da cidade grande e sim de um lugar mais remoto e ate então desconhecido por todos.
- Eu aceito de muito bom grande meu amigo. Vou conhecer seus familiarias então.
- Sim no final desta noite levo você. E o Rodrigo não vai se desgrudar de Ana, hahaha.
- Haha ok! Combinado!
A festa correu normalmente mas todo mundo dançava meio estranho, Lucky disse que todos usavam alguma substancia ali que os deixava mais maluco e sedentos. Foi então que ele apontou para um canto onde estavam se alimentando de uma pessoa viva. Muitos vampiros mordiam duas ruivas que pareciam ser irmas. Eles mordiam carinhosamente e não selvagemente. Vicente já havia falado dessas “passantes”. Eram mulheres e ate homens que queriam ser vampiros e então procuravam na internet sobre vampiros e tentavam ser um. Mas o chefe deles Willemo não queria isso, esse poder eterno, que passasse para mais ninguém. Mas as vezes ele dava de presente a eternidade da escuridao e dos segredos  mais abismantes de Vicente e sua família.
- É. Não é facil ser um vampiro. Como nós estamos querendo o perdão do criador nós estamos nos alimentando com isso aqui Lupe – e pela primeira vez, mostrou a mim o que alimentavam os vampiros nesse seculo de tecnologia, era um frasquinho com uma cor amarela que alimentava eles. Vicente abriu as presas e começou a tomar. Logo ele sacudiu a cabeça e quase como um humano arrotando ele soltou um “AAAAAAH. Sulfelix 4! Isso é tão bom” de exemplo que estava satisfeito. - Vamos sair mais cedo, e eu te levo lá, você vai gostar.
Nos despidimos de Rodrigo que quis aproveitar a noite com a Ana. Ele estava muito feliz. E é de se lembrar que ate então eu vi muitas poucas atrairem de verdade o meu amigo Rodrigo. Ele não se satisfazia com pouco, e sempre ia atras de um amor numa mulher diferente e gostosa. Mas era dificil de se apegar, assim como conseguiu ficar com Ana.
Apos a festa foi só eu e Vicente ate o recinto dos vampiros. Ficava afastada da cidade Rica, mas ainda bem perto, onde eram algumas das fazendas. Dessa única vez foi que Vicente foi dirigindo um carro emprestado de um dos vampiros que morava ali perto. Rodrigo foi com Ana para seu albergue pelo visto. Lucky e Jader ficaram na festa, falando com Saulo. Só nós dois vimos que do lado de fora estava tendo uma discução, porque havia vampiros dos Belfeng tentando entrar.
- Aqueles Belfengs vao ser assasinados se escolherem as palavras erradas! Eles sabem que não podem entrar na Vamp House. Eles devem ter nos seguidos ate aqui, Lupe. E eles vao pagar por isso.
O efeito do LSD estava passando, e eu voltava ao normal. Respirando melhor. Processando pensamentos melhor. E nem tava mais afim de fumar cigarros.
- Os vampiros gostam de ter carros vermelhos, sempre foi assim. A cor do sangue, a cor do sentimento de amor tambem. - Disse Vicente.
- De amor? - perguntei.
- Sim, quando amamos, nosso coração bate mais forte com a pessoa amada, Você sabe disso não?
- Mais ou menos, eu conheço Rosa Borboleta Dia e eu sou apaixonado por ela, mas ela quis ficar no vilarejo e eu não quis trazer ela junto. Ela dizia que este meu sonho de conhecer o mundo é bobagem e que deveriamos ficar no meio! Onde conhecemos tudo e a todos.
- Ah, legal...você teria a trazido e entrado na mafia logo de cara? Isso iria trazer problemas para os dois.
- É vicente, mas devo te contar que, esses dias recebi a visita dela. Não sei se foi pela maconha com cristais azuis que eu fumei no dia, mas ela veio como o segundo nome dela: Uma borboleta. Melhor dizendo, uma fada. Ela entrou pela janela de meu quarto no albergue e não disse mais nada, pediu silencio para mim... - eu acho que eu tava carente e louco para contar isso para ele. Ate o clima ficou de um silencio pesado. Entao finalizei dizendo - E agente fez sexo logo após.
- Nossa...!
- É foi maravilhoso! Eu perdi a virgindade assim!! '-'.
Enquanto eu contava os detalhes iamos chegando mais perto do recinto de vampiros.
- Voce sabe que os ninjas que existem em attackyuri são bem discretos, é por isso que não nos envolvemos com eles. Mas olha, la eles cultivam uma doutrina tao milenar...! Que eu não duvido que eles tenham ajudado Rosa a virar uma borboleta. É mesmo, eles tem segredos Lupe, coisas que nem eu sei. Eles gostam da politica e tentam ver o melhor para o mundo, mas a família de mafia deles é tao secreta, são tão bem guardados e policiados que não nos envolvemos de mal com eles. Mas Rosa pode ter conhecido eles, não é? É por isso que não aconteceu nenhuma briga feia desde que você esteve conosco, porque cada um esta em seu canto. Menos é claro os Belfeng, esse ate eu me incomodo de vez em vez, pois sabemos que eles vieram do inferno.
Uma chuvinha caia de leve, e o barulho estava me dando um soninho, mas eu estava numa missão especial: conhecer pela primeira vez a casa (recinto) onde Vicente mora, com sua família vampiresca. Vicente continuou:
- O lider deles é um homem como Corleone mas o resto da turma são tudo uns abestados a procura de morte e destruição. Eles vendem produtos menos qualificados do que os nossos e eles não se preocupam com a maldade que causam, pelo contrario eles gostam. Conosco não acontece nada de ruim, mas com os que estao a mais tempo na mafia de Green Beejuice se encontram para acabar com essa raça. Nós temos ligação com a policia tambem, de vez em quando eles mesmo vem pedir uma ajuda para nós, e nós é claro que cobramos um preço mas fazemos o que deve ser feito.
- Como começou essa historia de ter demonios infiltrados na governança da cidade?
- Isso quem pode te responder melhor é Willemo, o chefe de minha família. Ele quem quis que eu te chamasse para cohecer o lugar, você tem passe livre la dentro. E outra! Ele gosta muito de livros, vocês vao se dar bem. Desde que chegou você tem lido outros livros alem do que o seu pai lhe deu, né?
- Sim! Tenho lido muito e buscado respostas, e acho que eles vem com facilidade. Mas sobre essa alucinação que eu tive, o que você acha?
- Olha eu não quis lhe dizer para não aumentar suas esperanças, mas attackyuri e alguns fazendeiros conhecem um modo de algumas mulheres seletas virarem borboletas. Na verdade elas aprendem a ser fadas e ganham o presente de virarem borboleta e ter asas quando quiserem.
Eu fiquei alarmado sera que foi rosa mesmo que apareceu aquele dia?
- Mas não crie espectativas...A maconha que nós temos de cristais azuis e pedaços amarelos realmente causam confusão e alucinação. Voce pode ter visto uma alucinação. - Disse Vicente com amor – Mas voltando ao assunto,  converse com Willemo então, sobre Atlantis e o reino dos cientistas, ele lhe explicará tudo com mais calma.
Entao chegamos, era um lugar meio assombroso, mas lindo em sua perfeição de escuridão.
Chegamos ao raiar do dia e então Vicente me apresentou Willemo que estava na biblioteca lendo um livro.
- Eae, o que achou de nossa casa?
- Eu gostei muito senhor Willemo, aqui é um lugar bom.
- Bom!? Voce deve estar sendo muito generoso, pois aqui há armadilhas para o inimigo caso ele apareça as caras alguma vez em nosso portão. Aqui nós tambem se alimentamos de Passageiros, Vicente já te contou sobre eles?
- Já sim, são humanos que querem virar vampiros.
- EXATAMENTE! Eles mê enxem o saco por querem virar vampiros! Vicente me disse que você não é muito fã de internet...que você mal sabia o que era ela quando estava em sua vila.
- É. Mas internet da pra se descobrir mil coisas, varias pesquisas eu já fiz. E tambem, eu jogo um jogo online maneiraço. - eu realmente jogava, era interessante passar o meu tempo assim.
- Voce entende porque Corleone aceitou um vampiro, ou tres no caso, para ser parte dos membros de sua família? ….. é porque vicente é um vampiro muito bondoso, ele saiu daqui me pedindo para entrar na mafia e eu deixei. Ele diz que o acalma fazer certos serviços, mas o que ele realmente gosta esta aqui nessa biblioteca! LIVROS! - a biblioteca era imensa, dois adares cheios de estantes. - Vicente gosta de livros, assim como eu! Não é maneiro isso? Ele consome livros tanto quanto eu. - Willemo tem uma voz calma e gentil, como era em sua postura, eu estava calmo perto dele e existia um amor que ele demonstrava por mim que me contagiava mais ainda.
- Eu queria mesmo conhecer vocês, aqui na sua casa! Willemo! Vicente me fala tão bem de você e de toda a cultura que você acumulou durante séculos!
- Existiu uma época, Lupe, que os vampiros só podiam sair a noite. Eu mudei isso conversando com cientistas que antes moravam na cidade rica. Eles nos deram uma pilula que mudou o curso da historia. Veja bem, esse meu amigo cientista se chama Drake, e ele entende dos negocios, o que ele fez por nós, nos ajuda a caminhar mais perto do criador, que é amor. Entao foi que eu comecei a acreditar mais na bondade divina e nos humanos quando aprendemos a não ter medo do sol. Pudemos ver como era as coisas de dia, e então entendemos que não tem nada de errado com humanos. Só alguns são miseaveis e corruptiveis! Mas outros são como anjos na terra e seria errado de nós continuarmos a matar eles.
- Cid já me contou sobre o criador.
- Ah sim, Cid, ele passou já por aqui também. Um viajante certo?
- Sim.
- O sonho dele era conhecer o mundo inteiro, não sei se ele já conseguiu este feito. Mas cid é um cara legal, ele tambem nos ajudou com palavras incriveis para nossa recuperação. Cid é um homem muito inteligente. Ele é seu amigo?
- Sim, ele quem me instigou e me intrigou, a ver o mundo gigante. Por enquanto só conheço a cidade grande, mas há tanto para explorar.
- Venha comigo vou te mostrar os passageiros que hoje vieram aqui alimentar meus filhos.
Entao ele me passou por um quarto que estava fechado, era como portas de cinema pesadas e grandes, quando ele abriu..vi quatro vampiros se alimentando calmamente do sangue de um passageiro, era uma mulher de novo, e tinha um homem numa maca se servindo de um tipo de soro.
- Esse soro fortalece os passageiros após nos doarem seu sangue. Voce acha isso bonito ou desumano?
- Quem sou eu para julgar? O criador deve entender o que faz.
- Oh sim, você é muito sagaz rapaz. Nós não machucamos eles, e eles veem porque querem. Nosso contrato intimo é feito a base de promessas. Nós prometemos cuidar deles e ver se eles realmente querem fazer parte de nossa família ou se eles querem ir embora esquecendo de tudo.
E ao fechar a grande porta, ele me disse:
- Eu sou meio telepata, eu consigo fazer com que eles esqueçam as memorias daqui e ate do que pesquisaram sobre feitiços e vampiros. Eles se tornam pessoas comuns depois disso. Mas eu tambem rezo Lupe, rezo pela alma deles e que dê tudo certo para eles, fora daqui, na cidade rica.
- Isso é bacana. Na mafia meu único trabalho é usar esses fones de ouvido e rezar para os mortos.
- Onde você conseguiu esses fones e mp3!?
- Foi um dos hippies que me deu, ele tambem me deu esse colar. - E eu puxo o colar que ficava protegido em meu pescoço, debaixo da minha camisa. Era uma cabeça de leão com uma espada no final da juba*  *COMO EM FINAL FANTASY VIII* - ele diz que isso protege contra as forças do mal. E  ele tambem disse que era um presente muito especial mas não me explicou exatamente o que faz. Para mim só toca musicas. Mas mesmo essas musicas parecem ter um poder especial, pois tocam a exata batida que eu procuro quando faço meu trabalho. E quando escuto na rua, tudo parece se encaixar e ter um sentido maior.
- Posso ver?
Entao Willemo analisou com calma o mp3 e deu um grito.
- Isso não é um mp3 normal Lupe, é um guardador de almas. Provavelmente este hippie deva saber que seu trabalho é apenas reza, e ele tambem deve acreditar que Green Beejuice faz justiça com aqueles que escolhe para matar. Tem muitas almas presas aqui, eu posso te ajudar a libertar elas, isso seria um alivio para você?
- Sim, as vezes eu fico muito confuso com a realidade...
- Entao eu já volto.
Ele entrou numa sala cheia de objetos misticos, tanto quanto Seu Pedro, de minha vila. Ele fez algumas recitações de magia e pediu para nós o deixarmos à sos.
Depois ele voltou com uma cara feliz e disse o seguinte:
- Algumas das almas foram libertadas, mas existem outras que decidiram te acompanhar Lupe!
- Como assim?
- Eu fiz uma limpeza, mandei eles para mais perto do criador, mas outras decidiram ficar com você, presas no mp3 onde elas podem te ajudar na sua missão.
Fiquei sem palavras. Mas ninguém disse nada, então eu falei:
- Sim, Corleone falou de uma profecia, Que eu talvez seja o garoto que eles tanto querem...
e eu quero, quero ajudar a salvar este mundo.
- Faz bem em escolher não fugir de seu futuro, o criador fica contente por você, tenho certeza. E nós ganhamos um aliado. Voce não veio por acaso, quero lhe falar dos livros que seu pai lhe dera.
- Ah sim, sobre Atlantis e o Deserto.
- Sim, se você bem sabe existem traficantes de livros e musica. - eu sabia - Isso porque existe um deserto longe da cidade rica, que para se passar você tem de responder a uma pergunta da esfinge. Ela protege de qualquer atividade ruim que possa acontecer nesse pedaço de paraiso no planeta.
- Como é por la?
- Vamos sentar na biblioteca e eu lhe explico tudo o que sei.
Entao ele me explicou que alguns artistas já tinham ganho passe livre da esfinge para conseguir passar por la. Era um mundo à parte. Cheio de artes legais como musica e livros, e alguns faziam contrabando para a cidade rica. Porque os demonios que aqui comandam, não querem que agente saiba de tudo. Querem controlar tanto as informações quanto a tecnologia.
- Pois bem, - disse Willemo - depois da grande guerra que aconteceu muitos foram para um lado diferente.  Os artistas fugiram para o deserto porque sua arte estava começando a ficar controlada por censura da parte do governo. E no deserto fizeram um palco, alias, vários palcos. Para música e alguns vivem em pequenas vilas que tem de tudo desde plantações e comida ate muita, hiper, mega, diversão. Já os cientistas viajaram de helicóptero para uma nova ilha onde desbravaram o mato e construiram um forte para eles, onde estudam e mexem com tecnologia. Eles fugiram porque toda nova tecnologia criada, era subdividida em atividade e produtividade, para que os ricos ganhassem mais dinheiro com vendas... Entao toda tecnologia nova era diminuida para servir à pesssoas comuns, como eletronicos menos potentes, e isso os chateou muito porque eles queriam salvar o mundo com tecnologias que iriam ajudar tudo e todos, mas não podiam. Deviam fazer voto de silencio para as novas tecnologias. - era uma historia muito interessante - Alguns cientistas ficaram, e outros aproveitaram o transtorno da grande guerra.. e pegaram um helicóptero e fizeram algumas viagens para transportar tudo para a ilha.
E ele continou:
- Os cientistas criaram helicópteros e ate barcos para viajar para outros continentes, só que os barcos são perigosos porque existem muitos monstros marinhos, e dos perigosos, no mar. Por isso que navegações ficaram com os dias contados porque ninguém tinha a força de encarar monstros marinhos de tão grande porte. Eles são muito forte Lupe, muito mesmo. Eles são de uma época diferente da dos humanos e vivem a mais de 8 mil anos. Quando os cientistas foram embora, a maioria deles... levaram todos os projetos de helicóptero e os produtos para fabricação; levaram vários tipos de produtos para viverem em paz num lugar tecnologico e só deles. Eles levaram tudo em super helicopteros. Os cientistas que ficaram não souberam como reproduzir; se não já teriam invadido outras terras.
Willemo me explicou tambem que existe alem deste deserto que é um paraiso para os artistas, existe uma ilha cheia de florestas onde vivem uns tipos de indios. Lá eles amam e cuidam da natureza mais do que tudo. Lá, disse Willemo que existem alguns mestres que ensinam meditação, e saúde, para o bem geral. E me disse que se eu tiver o milagre de chance de ir ate lá eu deveria ir para conhecer e conversar com estes mestres. Willemo tambem me disse que há uma lenda, de uma canção no paraiso dos artistas, que invoca um polvo gigante que estende os dois braços e leva de nosso continente ate as terras dos indios. Eu devia passar pela esfinge e confiar em meus instintos que eu iria conhecer almas boas para me ajudar nessa tarefa.
Então era basicamente isto que existia: Minha vila escondida no meio das montanhas, A cidade Rica e podre de sujeira, que ficava exatamente no meio de nosso continente. Nos lados da cidade existia o deserto. Deserto esse, onde artistas se escondiam. Vinham de vez em  quando para a cidade rica para trazer mais informações que o governo não quer que seja mostrado. Coisas inteligentes. Tambem havia mais dois continentes. Um era uma floresta gigantesca. E o outro era onde estavam os cientistas, num forte muito bem defendido. E ainda tinha o espaço que chamamos de matrix. Que é uma caverna embaixo do nosso continente, de onde veio Cid e também onde Morpheus controlava.
Entao Willemo me contou mais sobre Atantlis.
- Esse lugar fica de baixo da terra. É o lugar mais sagrado e profundo do planeta. Mas não temos nem tecnologia para ir la então ninguém nunca foi, e se foi ninguém sabe mais deles. Para te falar a verdade eu mesmo tentei desvendar esse misterio, e ir eu mesmo para lá. Mas não existem meios nem fundamentos que digam que ela exista de verdade. Por enquanto é só mito, e eu juro que não sei como começou. Ja procurei em muitos livros tanto abertos da cidade rica quanto os escondidos-contrabandeados e não achei nada que me desse a reposta de como começou esse misterio. Mas então, é uma cidade afastada de toda energia mundana e fragil. Lá existem palácios e uma energia eterna, sem fim. La é o pilar da terra e só moram la quem realmente faz um trabalho para o mundo.
- Como Assim “trabalho para o mundo” o que exatamente faz o povo de la?
- POVO?! Acredito eu, que seja apenas 4 ou um pouco mais de humanos, que convivem la embaixo. Eles trabalham em quase toda energia que vem das profundesas ate aqui em cima. Eles controlam o fogo, a agua, o ar e a terra. Eles nos ajudam a combinar esses elementos e fazer a magia que fazemos aqui em cima.
- Entao eles são mais perto do criador!
- SIM! É O QUE PENSO TAMBEM. Eles devem ser muito sabios e sabedoria nunca me foi demais. Mas a pressao é muito grande quando baixamos para o nivel das profundessas marinhas, isso os cientistas me disseram. Por isso não podemos ir la.
- Ninguém vai la porque uma super maquina chamada Submarino Atomico ainda não foi inventada. - disse Vicente - E tem gente querendo fazer esse submarino e ir para Atlantis não é chefe?
- É sim. Alguns acreditam nesse sonho, outros não. Mas quem realmente faz isso é Cid.
- Oh! - fiquei surpreso achando que Cid estava envolvido em mais algo popular.
- Não, não o Cid o viajante. O Cid, o cientista. Ele mora la e eu conheço ele só por vista mas ainda vou conversar melhor com ele quando  eu tiver a chance. Ele é um bom sujeito e esta trabalhando num projeto de submarino que alguns adolescentes deixaram para tras.
- Adolescentes?
- Sim, são Riggs e Biggs, são dois cientistas que trabalhavam nesse projeto e então desaparaceram, não se sabem mais sobre eles. Cid continuou seu trabalho, mas não sei ate onde ele chegou.
- E como você fala com os cientistas?
- Eu posso voar!!! Depois de muito tempo de vida eu aprendi, a como fazer para voar com minha capa magica. Ssei chegar ate o continente. Esses voos são prazerosos, mas me gastam muita energia, por isso não faço sempre.
- Isso é muito legal, posso ver essa capa?
- Pode sim, aqui vocé é de casa.
E me levou ate a capa preta de seda que ele tinha. Ela era mais grossa na parte de baixo e mais fina da parte de cima, ela era linda como que salpicada de estrelas.
- Gostou?
- Sim
- Pode usa-la se quiser. Vai ficar bonita em você! ^^'
- Posso mesmo?
- Sim
- E eu não vou sair por ai voando?
- Haha. Não não. Voce teria que ter mais poder em seu sangue meu jovem...
Eu provei e senti uma levaza em minhas costas e um ventinho pareceu bater em toda minha coluna.
- Pode ser impressao, mas me sinto leve como uma pluma. E parece ter um vento em minhas costas.
- É efeito da capa, ela foi feita por sabios da floresta. - disse Willemo sorrindo - Eles me agraciaram depois de muita conversa e tratados.
Eu estava me sentindo um mago, e, senti poder em mim. Senti mais confiança. Eu estava confuso como se tudo fosse um sonho. Varios sonhos. E que tudo que eu sabia em tao pouco tempo estava me fazendo uma pirueta no ar, quebrando vários paradigmas e ate traumas que eu tive. Willemo continou:
- Quero te falar da tal profecia...dizem que um garoto tem uma alma muito boa e ele ajudara a salvar a tudo e a todos. Como ele fará isso? Ele ira juntar todos aqueles que precisam estar perto ate a hora do juizo final, que sera o começo de tudo. Lhe explicarei melhor, no caso muitos estão achando que é você, pois você uniu um monte de gente, um monte de grupos que antes eram mais disperços e agora ele estao sendo amigaveis um com o outro.
- Ah, eu fiz isso então? Eu só conversei com cada pessoa que eu achava afude e de repente vinha mais gente. Tudo isso graças aos eventos que acontecem ao ar livre. Mas não acho que eu seja o escolhido. Sera?
- Acredito que sim Lupe. Cid, o viajante me falou para ficar de olho quando um menino assim aparecesse por esses lados. E você apareceu! Mais ninguém cuidou com tanto carinho como você demonstrou ao unir grupos que antes estavam dispersos. Essa profecia diz que você conhecera todas as terras antes de ir para o inferno e enfrentar o chefe de la.
- MAS O QUE!? EU terei que enfrentar um grande demonio? EU não sei lutar.
- Ah você sabe sim! Uma conversa como você esta tendo comigo agora já prova isso...Nem todas guerras são ganhas com uso de força fisica, e você tem força e talento com as palavras. Em resumo você tem o dom de conversar e atrair o que quer. Demonios não apreciam conversa mas sim tratos e você pode dar um bom trato nesses sangue sugas do inferno com tua labia.
- Ainda assim não me sinto preparado para lutar.
- Olha, luta é uma coisa feia. Você já viu os esportes de lutas na televisão? Ou já derrotou algum dos demônios que infestaram a cidade rica?
- Eu já vi pessoalmente algumas lutas e não gosto de sangue derramado nem da cara dos derrotados. Realmente eu prefiro que tudo seja resolvido a base de conversas.
- Você não vai precisar lutar. Lutar com sangue e facas é coisa do demônio, aqui em minha casa a gente não luta mais faz anos porque eu estipulei regras. E a lei divina é a mesma coisa, ela perdoa quem faz algo de errado (dependendo de seu crime) e então ajuda tambem aqueles que são de todo bem. Voce é um garoto do bem, e muito comportado como me mostrou nessa tarde... Não fale nada, eu quero te dizer que eu estou pronto para passar esses linhas trajetorias, por ir a outras terras com você. Não aguento mais ficar aqui! De tédio! Sendo você ou não o da profecia eu quero ver outros lugares ao seu lado.
O que? O mestre vampiro dos ASPATRE estava me dizendo que me queria ao lado dele para conhecer novas terras: Como o paraíso dos músicos e artistas e até a floresta com índios e quem sabe ate no reino dos cientistas ou a caverna do matrix de onde Cid, o viajante saiu.
- Eu lhe agradeço. Mas não sei o que fazer...
- A gente sabe e vai te ajudar! - disse Vicente - Ta na hora de falar aquilo com ele Willemo?
- Oh, esta sim! Vicente.
E então ele fez um convite que me mudou por completo.
- Voce quer virar vampiro Lupe?
- … - Minha resposta veio de imediato depois de meu silencio – Não, não quero virar.
- EU SABIA! TE FALEI VICENTE VOCE PERDEU! - disse Willemo
- OH DROGA, EU ACHEI QUE ELE IA QUERER! - disse Vicente
- HA! EU SABIA QUE NAO, você realmente é excepcional Lupe, muitos iam querer dizer sim para esta pergunta. Porque você não quer?
- Porque quero morrer um dia.
- Mas vampiros tambem morre...
- NAO! Eles são asssasinados! De velhice eles não morrem. - Eu estava falando issso para o chefe dos vampiros. Mas como vocês devem ter percebido ele era um cara muito generoso, e legal. Pelo menos ate agora, estava sendo muito cordial e receptivo.
Não tinha motivos para desconfiar dele.
Mas ele tem um passado tenebroso e sangrento no inicio de sua carreira como vamp. Eu te conto outra hora. - eu quero morrer como humano, do jeito que o criador me fez.
- Estas muito certo de sua resposta Lupe? Esse poder que te darei pode servir para salvar o mundo...
- Mas quem me salvaria de eu mesmo? E se eu quiser me alimentar de passantes ou de humanos na cidade rica, e não puder me controlar o que seria? Eu estaria perdido para sempre caso matasse alguém. Não eu não quero virar vampiro.
Um silencio grande se instalou, eu sentia a energia do Willemo abaixando e aumentado ao mesmo tempo, ele ficou estranho. Provavelmente nessa hora ele pensou no que sua raça fazia. Mas eu fui o primeiro a quebrar o silencio.
- Olha, eu não estou julgando vocês, eu acho ótimo que vocês realizem a fantasia de algumas pessoas e as transforme em produto de alimento...eles logo recobrem o sangue e voltam para doar mais, e vocês ate dinheiro dão para eles!
- Dinheiro não é problema em nossa família. - disse Willemo.
- Então...eu não quero virar um vampiro! Me apaixonei pelos livros que li enquanto estou no albergue. Um deles fala sobre vocês, consegui com um contato. Um amigo meu nas noites escuras e badaladas de alguma festa gotica. Gosto do glamour que vocês tem aqui, é uma casa tao bela e assustadora ao mesmo tempo. Eu respeito mais vocês. Vocês pararam de se alimentar de almas boas e singelas. Isso eu acho ótimo, não consta nas historias dos livros que li. Os livros só falavam de brigas e de coisas ruins sobre vampiros.. não as coisas boas - Você bolou todo um plano para se aproximar do criador..
- Entendo, esse pedido lhe custaria muito então. Se tornar um vampiro seria um fardo para você!
- Sim, é isso.
- Olha meu caro eu lhe pedi demais então, mas foi ideia do Vicente aqui. Ele disse que talvez você se tornaria um vampiro e eu apostei com ele que não. Se você for a alma boa que a profecia procura então você não se interessa por poderes maiores do que pode carregar. Agora tenho mais certeza de que es a alma boa que a profecia fala. É interessante de dizer que o mal ainda não esta pensando nessa profecia porque é desconhecido deles. Eles não leem muito. Só gostam de controle e poder, nada mais do que não os divirta. Eles tambem acham  que a guerra é certa de ser ganha assim que o lider deles escapar de suas prisões. Eles contam os dias para que o reinado dele chegue.
Eu estava entendendo tudo dessa conversa mas percebi que eu ainda estava estranho pelo LSD que tomei com os garotos da cidade grande. Eu queria ir embora e procurar a paz.
- Vamos encerrar a visita por hoje, caro Lupe – Graças ao pai criador ele estava vendo que eu não ia aturar ficar muito tempo por ali. Não era o cheiro nem os passantes que me incomodavam, era o meu próprio ser que estava inquieto por tantas verdades que eu estava descobrindo. - Mas antes eu vou lhe dar um poder de graça, e sem você precisar ser um vampiro. Eu sou um bruxo como você pôde ver em meu atêlie, eu faço algumas magias mas não sou o melhor mago que existe. Talvez algum dia eu serei melhor mas por hoje não. Eu quero lhe dar metade do poder de um vampiro. Assim as noites escuras não te cansarão tão rápido, nem a fome vai bater com tanto fervor. Mas você vai ser super normal e comer comida de gente...nada muito diferente, mas em seu sangue vai correr um pouco do meu e você será mais forte, caso precise escapar de alguma loucurada e desses demônios que nos incomodam.
- Ate agora eu não me deparei com nenhum demônio senhor Willemo, ate agora não precisei atirar com uma arma nem lutar, e eu prefiro me manter assim.
- Entao aceite esse meu convite. É 50% dos poderes dos vampiros mas sem nenhuma alteração que te cause mal.
- Aceite Lupe! Nunca se sabe, se você encontrar um demonio pelas ruas, eles pelo menos vao te respeitar porque seu sangue e energia corporal terão outros aspectos de defesa. Eles não te atacarão tão rápido.
- Ok ok, se você diz que não vai ter nenhuma alteração maléfica eu aceito. E eu confio em Vicente minha vida! De tantas aventuras que já passamos juntos..
- Ok Vamos para minha sala que eu vou preparar tudo.
Então ele me levou para uma sala e recitou algumas palavras botando a mão em meu ombro esquerdo. Passou um poder, eu senti entrando em minha pele como duas presas. Foi mais uma imagem em minha cabeça do que um ataque propriamente dito. Agora eu tinha mais poder, mais força e agilidade, me sentia forte.
Me sentia bem, mas eu estava confuso.
- Volte sempre que quiser! Para conversarmos mais. O mundo ainda tem tempo de ser salvo. Você sabe exatamente do que ele precisa ser salvo lupe?
- Acredito que desses demônios que vieram do inferno e comandam a cidade rica... Talvez uma sociedade ou planeta inteiro, mais coletivo. Mais união. Parar estas guerras. Este desvio da boa conduta. Dos segredos que alguns mantem. Eu vejo tanta tristeza em olhares que me perseguem por onde eu vou. Sinto uma inveja, por minha liberdade nos eventos abertos! E, sinto também que eles estão sofrendo na alma deles.
- A corrupção é um poder desgraçado. Machuca todos. Até os políticos, bem, alguns deles, usam as pessoas como mercadorias para ganharem mais dinheiro, num mercado interno que eles criaram. É paranoico sim, é triste sim, mas esse não é o pior mal do mundo.
- Não é?
- Não. O que temos de fazer é a vontade do criador. Temos de ouvir suas palavras, conversar com ele. Entender o plano que ele deseja para o planeta terra e também o cosmos. Cid lhe falou do inferno por acaso?
- Sim falou..
- Então...se existe um ser muito benevolente e sabio, cheio de amor e compaixão que és o criador, também existe sua polaridade contraria que é um ser de muita raiva e odio e que quer fazer mal a todos que existem. - nunca me parei para perguntar isso - Existe o rei dos demonios e ele daqui a dois anos será solto de suas gaiolas la debaixo e tentara subir e sucumbir com o que existe. Ele quer acabar com fogo tudo que existe de bom e controlar tudo e todos num reino infernal de maldade. Mas ele esta preso por enquanto e não nos fara mal, aproveite mais a cidade que você tem curtido e logo falaremos sobre a profecia. Por enquanto, vá para casa e descance, logo mais nos veremos. Tenha uma boa noite.
- Boa noite senhor Willemo, ate mais.
Depois disso eu fui com Vicente de carro ate meu albergue e no meio do caminho começou uma conversa sobre internação.
- Olha Vicente eu me sinto meio mal. Eu descobri muita coisa em tao pouco tempo, eu não estou aguentando mais.
- Fuma mais um baseado Lupe.
- Não não, não é essa questão. O Baseado é só momentâneo. Eu tenho me sentido meio mal todos os dias desde que tomei aquele LSD.

- Oohh, eu tambem Lupe!
Para os dois drogadinhos: Havia se passado tres dias. EM SUAS MENTES! Kkkk bela lembrança!
- Sabe eu achei muita audácia desse Lucky ter nos recebido com aquele “presente” surpresa. - disse Vicente - Aquilo me fez mal também...mas eu já estava pronto para um dia tomar... então não me afetou tanto quanto você...pelo visto você esta mais mal do que eu. Ai ai, o que anda acontecendo com seu coraçãozinho Lupe, me fale.
- Eu ando confuso, parece que tudo ocorre por minha culpa, como essa buzina que deu agora em outro carro. Eu acho que foi minha culpa por algo que eu disse nesse carro.
- É mesmo? Isso tem nome! Se chama esquizofrenia, será que você tem?
- Não sei... Eu ando bem confuso depois do lsd que eu tomei e depois da festa e tudo mais. Ta tudo acontecendo tão rápido. Eu estou muito confuso.
- Ok Lupe você precisa de um descanso. - Ele falou com o maior amor possível pois era para eu reagir diferente depois de receber 50% do poder dos vampiros – Existe um lugar aonde as pessoas vão para refletir e se curar, se chama internação. Você pode ir passar um tempo lá agora que Corleone lhe liberou, vai te fazer bem. Essas drogadições arrepiam nosso corpo inteiro e nos causam mal depois de um tempo ou logo no primeiro uso. Se você tem esquizofrenia deve parar de usar ate maconha por um bom tempo. Ate se recuperar.
- É essa ideia de profecia que me incomoda. Eu quero ficar bem Vicente.
- Você vai ficar sim, Lupe. E internação faz bem, eles lhe dão certos remédios que ajudam um monte e também você verá relatos de outros pacientes que estão passando pelo o que você passa. Alguns mafiosos também se internam quando não aguentam mais suas vidas. Nós do Green Beejuice comandamos uma fazenda que eu recomendo você ir. Nada mais importa do que sua saúde!
- Ok, - eu via coisas e achava que eram tudo para mim, como parte do criador e da unidade. Mas como se fosse tudo misto, eu não sei se eu estava sendo perseguido ou estava caindo em armadilhas. E quando eu ficava mal com alguma coisa, o sentimento se arrastava para o resto do dia e eu não relaxava. Podia ser algo que alguém me disse meio torto, com a sombrancelha ou a boca torta e eu não conseguia relaxar pois “NAO FOI PERFEITO”. Tudo parecia fazer um sentido louco e eu estava realmente doente com tudo que acontecia.
Resumi isso para Vicente.
- Agora desça e vá dormir um pouco. Ou leia um livro se não conseguir dormir. Depois de ter recebido este poder: Sinta-se bem, sinta-se em casa, que já chegamos.
- Tchau, Vicente.
- Tchau Lupe, amanha eu passo aqui e conversamos mais sobre a internação. Não te preocupe! Tudo ocorrerá bem. Passe só alguns dias la e você ira melhorar. Os demônios comandam a cidade, nas escondidas, mas nós de Green Beejuice cuidamos dessa fazenda à qual vou te levar. E se você não gostar, e quiser tentar outra coisa, me ligue que eu te tiro de la na mesma hora. Um abraço.
Rodrigo tambem havia chamado um taxi para ir embora da festa. Mas foi só no proximo dia que fomos buscar o nosso carro lá no Playground Punk.

livro de aventuras do Lupe - Capitulo 7

                               Capitulo 7 – Playground Punk
A fumaça já tinha desaparecido, mas o cheiro... Cara! ...O cheiro foi uma das melhores sensações olfáticas que eu já tive na vida. Ainda melhor depois do mijo e de um café. O cheiro dela ainda estava impregnado nos travesseiros e fiquei ali, quem sabe por uma hora, a cheirar o travesseiro, e pensar na noite passada.
Eu só poderia ligar depois para Vicente e Rodrigo, então escolhi ficar ali mais tempo, talvez nem tivesse missão naquele dia. Fiquei deitado, imaginando, sonhando com a noite passada e o que tinha acontecido. Se fosse Rosa, ela teria ganho poderes e estava pela cidade rica, podre e visivelmente corrupta. E se não fosse, eu tinha ganho algum poder de ver e sentir coisas que não existem, assim como o médium que Vicente disse que eu era.
Esse dia se arrastou rápidamente, e logo depois de terminar o cd que eu havia posto fui procurar por Rosa nas ruas perto do alberque. Perguntei por ela, e, tirando alguns sorrisos sarcásticos, por eu procurar um amor quase inexistente, achei foi nada de Rosa. Será que ela tinha saído da vila atras de mim? O que teria acontecido?
Essas perguntas inundavam meu ser. Mas quando voltei para o apartamento meio triste, os guris buzinaram lá de baixo. Me arrumei e desci. Nós tinhamos um trabalho para fazer, então relaxei e dei bom dia ao entrar no carro.
- E aí, como foi a noite rapaz? - Disse Rodrigo com um sorriso abertão.
- Foi melhor do que as outras... -  Não quis contar-lhes o motivo, pois não saberia mentir sobre Rosa morar nas montanhas e eu esperar por ela.
Nós fomos ate a casa de um devedor, esse merecia o castigo bem dado. Estava vendendo drogas a crianças. E drogas pesadas!! Ele estava criando um monte de rapazes para ele ter um exercito do mau. Para alguma missão enlouquente e megalomaniaca.
Confusos e inocentes, essas crianças se alucinavam de drogas pesadas. Algumas moravam com ele, e a maioria saia juntas por ai para fazer festas, roubos e chacinas. Alguns se acostumavam com a loucura, mas a maioria, ia para o caminho mais errado e logo morriam. E tudo por causa de um trouxa traficante aleatorio! Essas crianças, não entendem nunca o que acontece ao redor deles, tadinhos. Ate inteligentes algumas eram, e realmente se adpataram a fazer malandragem. Mas isso iria acabar naquele dia, e todas iriam para suas casas e não teriam mais seu traficante de referencia. Havia alguns psicologos e psiquiatras e assistentes sociais que trabalhavam para Don Corleone e ele pediria que elas cuidassem destas crianças para voltarem para a sociedade de caras e mentes limpas.
- É um assunto que não acaba mais. - Dizia Vicente enquanto dirigia.
- Sabe Nicholas Pereira? - perguntou Rodrigo – Ele entrou com a missão de resgatar estes homens, e crianças da drogadição.
- Ele sempre oferece um baseado, e os fazem rir ou chorar, dependendo da ocasião, se aproximando como um amigo drogado e fazendo elas escolherem o melhor caminho. E tambem, o caminho da poesia que Lupe já conhece bem. Ele já conseguiu salvar diversas famílias assim. - disse Vicente.
- Acho muito triste e fico com pesar dessa molecada. Eles só aprontam...Coitados. São desesperados por uma diversão que não sabem aproveitar com suas familias e receber as benções do Criador. É por isso que eu vou liquidar este babaca. E fico feliz, de NP (Nicholas Pereira) fazer a varredura nessa cidade caindo aos pedaços. - Disse eu.
- Porra que merda ele tem na cabeça!? - Falaram Vicente e Rodrigo, se olhando nos olhos por alguns instantes, apenas para confirmar que a opinião era partilhada por toda a equipe.
Eu ainda não quis experimentar outra droga a não ser esta que é apenas uma planta. A qualidade era boa, nossa mafia tinha uma plantação. Mas soube que quando a droga passa de mao em mao ela perde a qualidade ate chegar no usuário final. Então são coisas bem perigosas de se mexer.
Ficamos debatendo sobre drogas no carro e eu estava farto de ter alucinações por algum tempo. Só esperava conseguir ver Rosa no final do dia. Quando chegasse a noite, na madrugada, vê-la novamente. Queria que ela aparecesse de novo para ficarmos mais uma vez naquele abraço quente. Transar de novo.
Fomos ate a casa do patife, pedimos para que pagasse a divida e parasse de vender para crianças. Ele contestou então Rodrigo sacou a arma e atirou depois de dizer algumas palavras calientes. Eu estava ouvindo uma musica no mp3 sobre tiros e sangue, e tudo correspondeu à aquela musica agitada que eu ouvia. Era um rock meio pesado. Rezei por sua morte, acima de seu corpo ensanguentado e eles limparam o apartamento. Quase ninguém se importa com a falta de um traficante, ele nem família tinha. Coitado. Rezei forte e depois fomos embora.
Fomos até o albergue onde Rodrigo morava. Era bem menor do que o meu, mas com mais livros do que onde eu estava. Estávamos sentados, a preparar uma torrada para cada um e um café passado. A comida favorita de Rodrigo era um pãozinho quente com queijo derretido, umas fatias de tomate e um alface. Rara as vezes ele botava um presunto, normalmente era só queijo, alface e tomate mesmo. A estação de trem fica ali ao lado do albergue, então deu para ouvir o trem passando algumas vezes enquanto estavamos alí.
Estávamos os três na cozinha de terno. Lupe com um azul e sapatos pretos e um chapéu da cor bege. Rodrigo estava rígido e quieto esperando o pãozinho ficar pronto na torradeira. Usava um terno preto com camisa branca e uma gravata vermelha com leves gotas de sangue. Vicente estava sentado na janela olhando o trem que passava. O albergue chegou a tremer com a velocidade do sexto trem que passava na estação ao lado. Os sapatos de Vicente eram de um couro de crocodilo. Um chapéu estilo coco. Um terno roxo e calças brancas.
- Vou ter de jogar fora essa gravata. Que pena. - disse Rodrigo, ao pegar um pano e molha-lo em agua, para limpar a gravata. Eu só observava.
Eramos um trio perigoso eu pensava com meus botões.
- O café esta pronto – disse Vicente que logo voltou a se sentar na janela com o café saindo fumaça.
Eu fui o próximo a me servir, e Rodrigo logo se serviu tambem. Era um café bom, chamado Cabloco.
- A manhã e a noite foi animada – disse Rodrigo.
- Demais -  disse Vicente, me explicando que no dia anterior eles sairam as 17:45 junto com um pelotão da base da máfia onde Corleone era encontrado quase todos os dias, com suas armas carregadas e o bucho cheio de um churrasco que todos comeram em clima festivo. Logo depois foram fazer uma entrega e depois disso passar para cuidar de um bando desses imbecis vendedores de drogas e alguns demonios – E o dia de hoje ainda promete muito em. Aonde iremos hoje? - disse vicente. - Temos o dia livre.
- Quero levar Lupe naquele lugar. - Disse Rodrigo.
- Qual lugar? - perguntei eu, curioso.
- É um lugar onde se agrupam um bando de anarquista e sábios da sociedade TRASH. - disse Rodrigo.
- Ah sim! Voce já viu né Lupe!? Eles grafitam em algumas paredes o simbolo deles que é essa marca de Trasher. - disse Vicente, pegando um papel e desenhando a marca deles.
- Trasher é porque vem de lixoso, coisas mundanas não são permitidas no santuario deles. - disse Rodrigo - Eles vivem principalmente debaixo da ponte, onde tem um lago pequeno na frente. Lá eles tem televisao, drogas e bebidas e um sonho punk de se viver. Eles gostam da gente! Os máfiosos eu digo, pois vendemos algumas drogas a eles. Mas não saberão que nós somos mafiosos. Vamos chegar de sorrateiro e curiosos.
- Pois é eles vivem numa boa la. Televisao com um gerador de energia, drogas, bebidas, música, mulheres. Tudo o que um feliz punk quer para viver de boa longe da socidade podre. Alguns trabalham e tem lugar para dormir, outros nem isso. Vivem lá de boas conversando e adorando a compania um do outro. - disse vicente
- Alguns são vândalos de vez em vez, mas isso faz parte de uma rebeldia humana que é dificil de controlar quando se sente tanta raiva quanto eles. A única coisa que não entendo é porque ainda ninguém da parte dos demonios entrou la e fez carnificina. - disse Rodrigo.
- Dessa rebeldia eu compartilho muito – disse eu.
- O que faltou para irmos então? - Disse Rodrigo ao terminar de comer sua torrada em mais três baitas mordidas.
Nós trocamos de roupa e fomos para lá. Botamos umas bermudas e regatas pois fazia um calor forte. Entramos no carro e Rodrigo dirigiu desta vez, talvez para dispistar outros que nos veriam dentro do carro, ou não. Nunca saberei. Deixamos carro um pouco afastado e chegamos perto de uma ponte incompleta com arcos bonitos e com desenhos chamativos e escritas como uma que dizia:
                                   “Bem vindo ao playground.”
Ao entrar mais ou menos dentro de onde se começava o aglomerado de gente, deu para ver que vários usavam roupas pretas, cor da minha regata e do Vicente, diferente da do Rodrigo, que era vermelha. Alguns com roupas rasgadas e cabelos malucos e diferentes. Tinha uma caixa de som que saia musicas radicais e tambem simples, mas com força e liberdade no vocal. Alguns fumavam e conversavam, outros ficavam de canto quietos de ocúlos escuros só observando. Dos que conversavam mal dava para se ouvir porque ou cochichavam sobre nosso aproximamento ou riam de piadinhas ou eram extremamente quietos. Mas dava para ver que todos estavam satisfeitos por estarem no '”Playground” como o grafite anunciava. Alguns dançavam em ecstasy, em frenquencias e movimentos que eu nunca tinha visto antes, talvez nem Vicente nem Rodrigo tambem, mas esqueci de perguntar se eles ja estiveram por ali. As vezes a ccaannabbiiss ssaattiivva faz voce esquecer de coisas primordias.
Alguns vestiam botas e camisas xadrezes que me lembra lenhadores. Era um estilo misturado de gente de todo os tipos. Uns tinham camisas de banda que eu nunca ouvira antes na vida. Algunas da Kardesh que eu fui com NP (Nicholas Pereira).
Ao se aproximarmos mais, Lucky veio nos receber. Era um rapaz forte, com braços à mostra numa regata preta e calça preta. Ele tinha uma tatooagem de um demônio ou anjo, não saberia dizer porque não dava para saber ao certo o que era, mas era uma tatooagem feroz.
- Eae tudo bem!? Querem uma cerveja!? 3,50$...Nunca lhes vi antes! Vocês são de onde?
- Nós viemos atrás de diversão! Dizem que aqui é muito bom de se estar. - disse Rodrigo.
- E é mesmo, mas por isso não gostamos de forasteiros, eles sempre nos incomodam...seja pelo som, ou pela parte nossa de trasheira.
- Voces tem algo de limao? - eu arrisquei dizer, porque a conversa não estava indo tao bem assim.
- Não. Mas temos algo mais forte por aqui. Venham comigo comprar umas cervejas para abrir o apetite. - Disse sorrindo misteriosamente e indo à nossa frente.
Acompanhando Lucky, que já ia na frente de nós, foi possível ver que existia um senhor já de idade que vendia sucos e bebidas de dentro de um isopor com um guarda sol em cima. Ele parecia ser muito legal e era estiloso tambem. Ele usava camisa azul e uma calça branca. Parecia ate alguém de mafia, mas não era. Certamente se destacava, com um baita sorriso para atender seus clientes. Luky pegou tres cervejas e deu para cada um de nós. Serviu-se tambem de uma e agradeceu o tio. Nós pagamos com uma nota de dez e mais uma de cinquenta centavos.
- Voces não são daqui, são? Nunca os vi antes...
- Não, mas somos da cidade grande. Eu pedi para meus amigos mostrarem a cidade para mim e acabamos vindo, aqui, depois de nos interessarmos pelo que ouvimos. - Disse eu, feliz ao abrir uma cerveja que eu não gostava tanto, mas gelada como estava, ia descer redondo até meu estômago..
- E o que vocês ouviram falar, rapazes? - Disse Lucky abrindo sua cerveja e sorrindo levemente e amistozamente ao beber o primeiro gole.
- Que aqui é o berço dos desolados. Aos que sofrem de amor, seja na família, nos amigos ou em carência de um amor fervente. - Eu disse.
- Hum, e vocês por um acaso não são da mafia ou da policia querendo nos investigar? - ele disse rindo. - Voces sofrem disso por acaso? Quero dizer...aqui a gente fuma uma ervinha e usa outras drogas, nós não queremos problemas por aqui entendem pessoal?
E nisso chamou seu escudeiro fiel que vinha com um cabelo longo esvoaçando pelo vento. Vestinha uma social vermelha e preta e uma calça jeans azul. Na mão, trazia um pedaço grande de ferro com espinhos. Uma arma que eles mesmo fizeram. O moço era forte e veio perguntando ameaçadoramente:
- Algum problema chefe? - Perguntou à Lucky com uma cara séria, mas nem tanta malvada assim. Rodrigo já estava pronto para briga, ninguém esperava que a recepção fosse assim.
- Acho que não Jader. A não ser que esses tres queiram confusão. - Disse apontando com a cabeça para nosso grupo de três pessoas.
- Nós não queremos confusão! Nem problemas! Viemos em paz em busca de amizades. Queremos conhecer a irmandade. Nós tambem somos contra o sistema. - Disse eu. - CARALHO! Esse sistema fode com tudo e todos!!!
- E entendemos que aqui existem pessoas de pensamento livre e de uma coompreensão avançada. - Disse Rodrigo.
- Nós queremos conhecer vocês! E trouxemos presentes!!! - Disse Vicente, exclamando.
- É!? De que tipo? - Agora Lucky segurava o bastao nas costas, curioso.
Rodrigo tira do bolso um pacote transparente de uma erva muito verde e com pedaços azuis de cristais. E alguns raros tons de amarelo tambem. Lucky e Jader, seu escudeiro se entreolharam e sorriram entre si. Era um sorriso muito silencioso, mau moviam a boca. Certamente já haviam enfrentado muita coisa ruim e forçaram um treino automático de rigidez em seus músculos, e em expressões. Coitados.
- Qual são seus nomes? - perguntou Lucky.
- Meu nome é Vicente. Este é Lupe e esse é Rodrigo. - disse Vicente, apontando para cada um de nós.
- Oi – disse eu.
- Yoh – disse Rodrigo fazendo um sinal com dois dedos na cabeça.
- E de vocês? - perguntou Rodrigo.
Com um sorriso amargo, ele responde: “É Lucky. E este é jader”.
- Prazer - Jader nos comprimentou, curvando a cabeça.
- Nós não queremos lhes causar nenhum mal. Estamos atrás de festa, musica e diversão e amigos. É isso aí! Por favor, abaixem sua arma para podermos relaxar e bebermos nossa cerveja em paz!!! - Exclamou Rodrigo.
Lucky deu a arma ao Jader que saiu para guarda-la. Rodrigo me contou depois, que viu o tiozinho das bebidas sorrir sem mostrar muito os dentes, observando a situação.
- Venham comigo! Vou lhes apresentar uma recepção digna e fraternal! - disse Lucky, achei legal ele escolher a palavra fraternal.
Passamos por olhares receptivos, indiferentes e alguns de reprovação. Foi então que chegamos a um lugar onde tinha a televisão e três sofas. O maior sofá, Lucky pediu licença dos que estavam olhando um clip, e começou a pegar uns dvd's de dentro de um porta cd na mesa ao lado.
- Vou lhes mostrar tesouros, meus amigos! Espero que gostem do que vão assistir! hahahaha.
- E vamos acender esse presente que trouxemos! - Disse Vicente que adorava nossa ccaannaabbiiss ssaattiivvaa tanto quanto eu.
Por ali tinha duas moças que ficaram para ver o dvd que Lucky estava pondo. Era sempre uma honra, elas nos disseram pouco depois dessa cena que descrevo. Uma era loira de vestido azul que cobria todo o corpo. A outra era uma ruiva, a Ana, que eu havia encontrado no show da Kardesh, usava um vestido vermelho e batom vermelho. Ana tinha um laço vermelho no pescoço e uma cara de quem queria pagar um boquete. Ou usar drogas. Provavelmente os dois.
- Sintam-se em casa forasteiros. Aqui é o playgrounds das desiluzões. Podem olhar para trás de vocês.
Foi então que vimos um grande grafite perto daquele que dizia: “bem vindo ao playground”. Era um negro corpulento, de óculos escuros e de terno preto. Atrás dele mostrava uma cidade cheia de poluição e muita cor cinza. Sujeira e fuligem tambem podiam ser vistas. Estavam mostrando em grafite todo resssentimento e raiva que eu, Vicente e Rodrigo, e todos outros do playground sentiam sobre a cidade rica, podre e visivelmente corrupta. Era uma vergonha olhar para aquele grafite e lembrar que a cidade era negra e perigosa. E maldoza tambem.
- Cheio de noticias tristes não é? - Falou Lucky – Aqui nós vemos outros tipos de mídia. Esse é nosso lider. - Apontou para o negro de óculos escuros. - Seu nome é Morpheus. Ele entra nos sonhos das pessoas mais sábias e os convida para realizarem uma missão bem estipulada e concreta idependente de qual ela seja. Principalmente para nós, jovens, ele aparece. - disse olhando para o grafite junto com a gente, com as mãos na cintura. - Ele quem me mostrou que existe um deserto, e desde então, eu tenho contrabandeado videos, filmes, livros e musica do deserto. - disse com orgulho - Ele quem me ensinou a passsar pela esfinge quando eu não sabia o que responder. - olhou para nosso grupo nessa hora - Minha historia, é que fiquei tres dias no deserto tentando responder a pergunta da esfinge, e eu não conseguia. Até que ele veio num sonho e me disse o que fazer! Ele entra nos sonhos e nos avisa sempre alertando para perigos, ou coisas assim. Mas ele é bem atarefado e não aparece sempre que nós queremos. O tempo dele passa diferente do nosso.
- Deve ser estranho perambular de sonho em sonho – Eu disse bem crente do que via. Recordei que ele havia aparecido no meu sonho um dia antes, me falando de CId e que eu iria conhecer ele pessoalmente logo após. Talvez fosse no grafite que ele se referia, e não mais pessoalmente do que isso.
- Ele mora numa caverna, chamada Matrix, e é o lider deles lá! - Disse sorrindo. - Ninguém sabe como chegar nesssa caverna daqui da cidade rica, e como nunca ouvimos um caso de alguém que tenha ido... eu acho que não é do interesse dele tambem, que jovens como nós façamos bagunça lá por baixo.
- Dizem que eles são muito reservados - disse Jader.
Havia tambem um outro grafite bem bonito ao lado desse... Era uma continuação, na verdade, desse grafite que lhes contei. Eram pessoas e animais recusando com a mão e cabeça, uma cabeça verde e flutuante, na frente de um caminho onde muitos iam, como num abate. Prontos para morrerem. Humanos mostrando a mão contraria à essa cabeça flutuante, faziam algo sair do meio de suas testas e se manifestar em amor e cores bonitas para parar o efeito de abate desses megalomaniacos. Contra o efeito de se tornarem consumistas e presos numa ilusão escravagista. Carros e tratores se moviam em direção à cabeça verde junto com outros seres humanos hipnotizados. Pombas passaros e outros animais igualmente belos acompanhavam esses humanos que eram contra, como se estivessem em uma fazenda. Eu recordei minha fazenda, mas claro que eles não estavam se referindo à ela. Mas vai saber quem fez este grafite.
- É a nossa guerra. - diz Lucky ao ver que ainda olhavamos para o grafite.
- E ainda dizem que nós somos os baderneiros!!! Que nós somos os que incomodam! Nós que somos o problema! - Gritava Jader -  Caralho fico com raiva quando penso nisso. - ele estava ao lado de Lucky esperando o dvd começar.
- Eu vou abrir a mente de vocês rapaziada, me passem esse baseado que o dvd já vai começar. - disse pegando o baseado dos dedos de Rodrigo, que passava para ele. Justamente depois de dar os três famosos pegas. - Juro para vocês que apenas com alguns videos eu vou abrir a mente de vocês e vocês se tornarão parte dos guerreiros que querem mudar essa maquina de pavor e maldade que se instalou em nossa cidade.
Ele botou um dvd na televisão e disse para nós que aquele era uma entrevista com Timbre Lealdade.
- Ele já virou espirito, mas tem um amigo dele chamado Alberto Yoga Thunger, um cientista que descobriu o LSD. Os dois espalharam juntos para a rede cientifica e tambem psicologos e outras pessoas, que adoraram receber este medicamento. Na epóca era purissimo e ajudou eles a mentalizarem coisas boas. Hoje em dia é perigoso. - Disse Lucky decepcionado. - Depois Leary foi sozinho na van de uma banda e espalhou pela cidade rica e pelo deserto, a quase todos que queriam o LSD. Foi assim ate ele ser preso pelo que estava fazendo e nunca mais pode continuar. Um dos depoimentos dos psiquiatras foi assim:
 “eu descobri em duas horas com essa quimica mais do que em quatro anos junto à faculdade. Essa quimica me mostrou maravilhas que eu nunca antes imaginava. Coisas que mal sei nomear e botar num papel, mas que mudou meu mundo para melhor” Entao Leal criou uma fazenda terapêutica ao redor da cidade grande e fazia grupos de psiquiatria e saúde para todos interessados. La não incomodaram ele. Essa entrevista veio depois de ele ser preso e antes de fazer a fazenda.
Eu e Vicente fumavamos um cigarro ouvindo essa historia, Lucky já parecia ser nosso amigo ha um bom tempo, mas ele me dava medo. Por ele ser como era, a tatuagem de demonio ou anjo, e ele estava nos dando informaçoes preciosas de graça! Era ele quem fazia parte do contrabando do deserto para a cidade rica e sabe-se la o que fazia, que o meu trio ainda não tinha descoberto! Eu tinha razão em suspeitar dele, ao menos por um ou dois motivos, mas te conto logo mais.
Ana, a ruiva, toda de vermelho, se ancorou nas pernas do Rodrigo, calma e carinhosamente. Havia mais dois casais deitados no outro sofá e Lucky e Jader estavam de pé perto da tv e do sofa onde estavamos.
- Alberto Yoga Thunger ficou muito chateado porque o exercito tentou usar o LSD como arma! O exercito testou em seus soldados para tentar deixar eles mais fortes, mas não obtiveram o resultado que desejavam, pois os soldados ficavam brincando entre si! Correndo e sorrindo sem ficar na fila!!! Hahaha.
Imagina a decepção do exercito quando isso aconteceu! Hahaha. Depois dissso eles passaram a testar outras quimicas derivadas e tao potentes para criarem super soldados demoniacos.
- E para nossa triste alegria: eles proibiram a quimica! - completou Jader.
A entrevista começara:
“ EU ACREDITO EM LIBERDADE!
EU ACREDITO EM TER RESPONSABILIDADES!
E ACEITAR AS CONSEQUENCIA DE SEUS ATOS!!!
LSD É A CHAVE PARA MUDAR SEU CEREBRO.
PRECISA HAVER UM CHOQUE! Um estalo! Para aprimorar sua mente!!!
OUVIR DIFERENTES pontos de vista não vai machuca-los! Haha, não vai derrubar as portas das igrejas ou condena-los ao inferno. A religião é conhecimento limpo. Não é cair aos joelhos. O QUE ESTA ERRADO COM VOCES PESSOAS!? CAINDO DE JOELHOS E PEDINDO PERDAO!?
O Criador quer que sejamos inteligentes. Pois quanto mais inteligentes somos, mais coompreendemos quem nos fez e mais queremos estar perto dele.
O governo esconde informações de nós. Certamente eles não querem que saibamos de seus planos sujos e de sua covardia. Não! Eles disfarçam! Eles nos pegam pelo pé e fazem nossa cabeça! E as pessoas!?... Muitas aceitam quietas... acham que é o jeito certo! Outras combatem de frente! Mas nada muda, sem um estalo! Um choque, como eu já disse. Mas a corrupção não vai ter fim ate que paremos a maquina suja de funcionar! E Nao estou dizendo que você deva usar esta quimica!!! Somente meia parte dos que ouvem essa entrevista vão ser maduros o suficiente para usa-la!!! E tambem a quimica pura vai ser dificil de ser encontrada daqui a um tempo! Ela vai ser misturada e vai prejudicar os usúarios, perdendo seu efeito medicinal!!! E o cerebro é o que mais temos de precioso em nosso corpo!!! Ele que nos ajuda a pensar e a mover o corpo inteiro!!! Então MUITO! MUITO CUIDADO!!! Com o que você bota em sua mente e cabeça pois afetará seu mundo, o jeito de pensar, e tambem o corpo inteiro!!!”
A entrevista tinha acabado. Era Timbre Lealdade sentado num sofá com a sua esposa que mau aparecia no fundo, conversando com um entrevistador que lhe fazia algumas perguntas, que foram deixadas de fora neste livro. Mas a entrevista, em suma, foi resumida aqui.
- Poxa muito legal – fui o primeiro a falar e Vicente e Rodrigo concordaram.
- Voces já tomaram LSD? - Perguntou Jader.
- Eu já – diz Rodrigo. - E me mudou para sempre mesmo. Mas tambem admito que é bem perigosa, se não for a quantidade certa, o momento certo, a quimica certa...Tudo isso contribui para voce aprender com ela coisas boas e mudar para sempre teu cerebro para um estado melhorado.
- Nós não – respondemos Vicente e eu. Ao mesmo tempo! Então, rimos!
- Primeiro engulam toda a verdade que possam aguentar e depois utilizem um dos LSD que nós conseguimos. É dos mais puros! Pois vem lá depois do deserto. - Lucky disse com um sorriso emblemático. Ele escondia algo de nós, deu para ver nesse momento. Mas Rodrigo estava conversando com Ana nesse momento. E só ele estava armado nesse dia.
Ali embaixo estavamos protegios. Nos sentiamos assim. Mesmo com as aberturas de todos os lados. E mesmo se chuvesse, o arco iria proteger-nos da chuva. Mesmo se viesse alguem, as chances era de que não viriam, mas mesmo se viessem, não nos prenderiam ou algo do tipo por estar bebando uns drinks e fumando um baseado. Até porque, a nossa Máfia, tem ligações com a pólicia. No maximo ficaria umido os sofas pelo frio ou algo assim, mas acabou não chuvendo nesse dia.
- Pronto para mais verdades pessoal!? Tenho mais Dvd's interessantes aqui comigo. - Lucky disse tirando um dvd com a escrita “Network” e botou para rodar – Este é um dvd com um jornalista que ficou louco e fez coisas incriveis ao vivo na tv aberta! Dois videos  na verdade, que já contam esta historia inteira, para vocês verem. É uma rede de intrigas do caramba!
Estavamos relaxados, ainda mais por causa do Baseado, mas tambem pela hospitalidade e informações inteligentes que estavamos recebendo. Graças aos cuidados de Lucky, e seu pessoal. Estavam sendo tão bonzinhos conosco...
Lucky nos oferece uma bebida.
- É Caipirinha como você pediu Lupe! De limão!
E nós aceitamos. Eu peguei, era um copo gigante e bonito. Dei três goles e passei para Rodrigo que depois de cinco goles meio rápidos passou para Vicente enquanto já ia começar o video.
- A historia é de um jornalista que começa a ter sonhos causados por Morpheus  e ter alucinações durante o dia. - Explica Lucky, serio. - Ele toma-se de raiva, utilizando-se do meio de comunicação que ele possui, pois é ancora no jornal de noticias da televisão, elfos sussuram em seu ouvido e lhe dizem para utilizar seu cargo para alertar o povo do que esta acontecendo – continua lucky nos preparando para o video.
O video começa, e pode ser resumido assim:
O jornlista fala na frente de uma camera:
“ Bem eu não tenho que lhes dizer que as coisas estao ruins. Elas estao piores do que ruins. É um pesadelo. Parece que o mundo vai ficando cada vez menor... HOUVE 15 Suicidios e 13 homicidios , 4 atropelamentos e 1 assalto ao banco e mais 7 pontos de assaltos à mao armada. Esse é o resumo da semana. COMO SE ISSO FOSSE O CERTO A SE DIZER! E vocês ficam calados aí, em um transe de merda sem fazer nada! Gritando “aiaiai. Ao menos me deixe ficar em casa com meu emprego e minha festa feliz. Com a porra da minha geladeira e meu ventilador. Por favor pelo menos não entrem em minha casa e levem minha torradeira!!!!”
E continua:
- EU SEI QUE O AR ESTA INADEQUADO PARA RESPIRAR  E NOSSA COMIDA NAO É ADEQUADA PARA COMERMOS.  E eu não sei o que dizer para você fazer para essa corrupçao acabar, mas algo há de ser feito. Escrevam para os governantes, interrogue-os, peçam auxilio. Liguem para seus escritórios, mas primeiro, primeiro fiquem PUTOS muito PUTOS com essa roubalheira desgraçada!
Entao eu quero que vocês saiam de suas poltronas. Sim! AGORA MESMO!!! E digam: “EU SOU UM SER HUMANO PORRA DO CARALHO! MINHA VIDA TEM VALOR!  VAO PARA AS JANELAS E APENAS GRITEM,. GRITEM SUA DOR!
DIGAM: “EU ESTOU LOUCO PRA CACETE E NAO VOU AGUENTAR MAIS ISSO!“ ”
Entao mostra uma reportagem com varias pessoas gritando isso na janela. Ate senhoras aparecem e gritam “eu estou louco pra cacete e não vou mais aguentar mais isso”
Eu estava chorando depois de ter visto esse video, mas me sentia um pouco estranho e decidi parar com a bebida, mas logo tomei novo e ultimo gole, movido pela emoção.
- Muito louco não? Essa cena é extremamente a flor da pele. Mexe com a gente. Muito revolucionaria. - Lucky dizia enquanto alguns outros do grupo limpavam uma ou duas lágrimas. - Um dia vocês vao ver videos mais novos. Mas esse efeito que eu quero causar em vocês, mostrando-lhes que há um passado a se revelar. - Ele disse coçando o bigode e barba que tinha. - Depois disso ele, como conseguiu bastante audiencia e foi uma cena memorável, ele foi transferido para outro programa. Dessa vez ele era o apresentador-chefe e comandava o programa. Voces vão ver.
Então começou o segundo video do mesmo jornalista.O mesmo jornalista estava em um programa diferente. Agora de terno e gravata pretas, diferentes dos de cinza que ele usava no jornal. Ele entra, abrindo os braços e pergunta para o publico:
- Boa noite! Como vocês estão?
E todo o publico responde enfaticamente:
- Estamos putos pra caralho e não vamos mais aguentar isso! - muitos gritavam de entusiasmo. Já devia ser um episodio mais avançado, pois ele estava agindo muito naturalmente..
Ele continua:
- Hoje nós tivemos 9 homicidios, e infelizmente, Jorge Clumei morreu esta noite! E  por isso estamos fodidos! Pois ele era o chefe dessa estação de televisão! E agora que ele se foi, quem sabe as merdas que vão passar por aqui!!! Pois agora, está nas mãos de gerentes de marcas pesadas no mercado, investidores que botam muita grana neste canal, e não sabemos quais desses homenzarões vao dominar nossa tela.
Ele caminhava ao redor do palco, gesticulando para o público e diz:
- E sabe qual é o maior problema? VOCES! PESSOAS!!!
Pois apenas 30% de vocês lêem livros!!! Metade de vocês não leem jornais!!! Existe uma geração inteira que somente foi alimentada por essa caixa!!! Voces se alimentam como a caixa diz!!! Se vestem como a caixa diz!!! Droga!!! Vocês ate pensam como esta caixa diz para pensarem!!!
Ninguem fala no programa. Um silêncio se instala. Ele continua:
- Nós aqui da televisão somos mentiras!!! Somos ilusões!!! Vendemos sonhos, e diversão! Somos um circo do novo seculo! Se buscam a verdade, vão atrás de seus budas!!! Atrás de seus mestres!!! BUSQUEM DENTRO DE VOCÊS MESMOS!!! Pois só assim acharão a verdade!!! E elas encontrarão vocês! Então desliguem agora!!! Desliguem no meio de minha frase mesmo! Enquanto eu falo mesmo! DESLIGUEM!!!
E então ele desmaia de eufuror.
Nós já tinhamos terminado nosso baseado e estavamos estupendamente abismados com a atuação e até audácia do video que vimos! Era incrivel!
- O que acharam? - Pergunta Lucky
- Eu sempre soube que a televisão é manipulada. Os videos são feitos de uma forma estranha... - diz Vicente. - Eu tenho um certo nojo! Uma certa desgraça em olhar televisão!!! Prefiro livros! Mas cara, vendo esses videos eu ganho uma nova credibilidade em mídias televizivas. Isso não é passado na televisão? Porque eu nunca vi isso antes?
Lucky responde:
- É uma peça rara... antiga já! Passava antes! Mas agora não! É proibido!!! Mas muito poucos sabem disso! Muitos dos que assistiram apenas esqueceram e levaram como um episodio qualquer! - disse Lucky demonstrando sua inteligencia. - Sabe como são estes manipulados! Sempre tentando atingir uma rotina perfeita, e não abalada! Mas vocês gostaram né!?
Jader complementa:
- Eles tentam nos deixar mais burros!!! Menos ativos contra o sistema de corrupção deles. Até nas escolas! O que eles mais ensinam são guerras!!! Já perceberam isso!? COMO SE FOSSEMOS APRENDER COM ISSO!!! REPETINDO OS MESMOS ERROS DO PASSADO!!! - Ele ia dizendo e sua voz soava com um anjo cantando do além, muito irritado - Eu faço questão de guardar esses videos com minha alma!!! Não posso deixar esse sentimento morrer! São perolas raras! E vocês estao dentro garotos!!! Agora vocês sabem mais!!! Não é mesmo!?
- É sim – respondi eu. Eu começava a me sentir diferente. algumas cores estavam mais afetadas e berrantes do que outras, e eu não entendia o porque.
Todos riram depois que Jader falou, quase todos repetiam a risada dele pois era contagiosa. Rodrigo foi o primeiro a falar, aquela garota ainda estava sentada aos seus pés no chao.
- As vezes eu tentava ver novela, mas não aguento. É mulheres sofrendo por mãos de maridos e outras barbaries que demoram a ter solução. Sempre drama e mais drama. - disse Rodrigo. Ao finzalizar a frase olhou apaixonadamente para Ana, toda de vermelho. Vestido vermelho, laço vermelho e batom vermelho. Combinava de um certo modo gritante. E se não fosse a noite maravilhosa que eu havia tido com minha mulher na noite passada, até eu teria olhado com outros olhos para ela! Bebado do jeito que eu tava!
- Ah sim! Novelas... Mas é que essas representam mais o povo, como um todo! E o povo, maioria, é conformista! Não tem jeito!!! Eles são burrinhos e não leem livros como nós. - Disse Vicente.
- Novelas tem seus conceitos, e não é de todo mal. As vezes ensinam valores bons. E tem entrado uma nova leva de pessoas na televisão... Pessoas mais jovens!!! Músicas alternativas! Pessoas mais sagazes e inteligentes!!! Outros liberais, e inclusive, alguns ativistas!!! Mas o verdadeiro conhecimento eles não passam! Sobre Atlântis e Morpheus eles não falam. Muito raro eles despertarem um gosto pelo desconhecido!!! Mas é sempre nos finais de semana onde o povo está cansado e mau consegue engolir informações então eles veem, e logo esquecem, voltando para a sua rotina no começo da outra semana.
Isso quem disse foi Lucky mesmo. E jader complementa:
- Pois se não vão trabalhar, perdem tudo o que faz sentido em suas vidas! Além de tambem amarem e cuidarem de suas familias! Eles noticiam as coisas devagarinho, mas a verdadeira briga e atenção deveria estar voltado ao senado, onde acatam e concretizam novas leis! - Disse Jader pegando o copão de caipirinha da mão de Rodrigo, e tomando um gole. - Soube que Branco, um ativista do deserto, foi quem criou e deixou rolar, um canal de televisão especifico para as atividades de dentro do senado. Aqui, dizem que não foi ele e sim o próprio governo quem criou...
- Para “AJUDAR“ os espectadores...o povo, a entender melhor seus candidatos...tudo balela!!! - disse Lucky, já bebado, pegando da mão de Jader, que passava o copão de caipirinha . Os proximos seriam as gurias. Depois Rodrigo, depois Vicente, e depois Eu. E depois jader novamente. Até acabar.
- É sempre mais tarde. - Disse Jader olhando para todos sentado na cadeira onde estava assistindo os videos - Sempre mais atrasado para dar tempo deles bolarem planos maléficos. Então acontece uma crise e eles dizem: “Está tudo bem, só vamos fazer um corte aqui e ali!!! E deu!!! Tudo voltará ao normal!!!” e o normal das pessoas volta, mesmo elas sendo sempre derrotadas! Quase nunca é benéfico! Mas isso está para mudar!!!
Agora foi a vez de Ana falar. Se ela estava com aquela cara de ninfomaniaca e drogada antes, imaginem agora! Ela disse:
- E eles tem um salário absurdo. Quero dizer...é umas 13 vezes mais do que um professor ou um policial, que são considerados profissões mais importantes depois de politicos! Medicos tambem ganham pouco! E para se pagar um aluguel para morar devemos desembolsar no minimo uns 450$. Mais comida agua, luz e comida! Porra o salário minimo esta 874$, isso é muito pouco!!!
- Um absurdo Ana! - disse Rodrigo sendo simpático. Olhando ternamente para ela.
Eu absorvia tudo com precisão, eu estava amando conhecer este novo mundo, suas pessoas e detalhes. Amei que assim como a cachoeira mais linda de meu vilarejo era escondida, aqui tambem se escondiam grupos de pessoas, famílias e irmandades que eram mais especiais e diferentes do que o resto de todos no mundo. E isso é muito precioso!
Rodrigo falou mais olhando para Ana do que qualquer outra pessoa:
- Tenho impressão de que essa paz disfarçada logo irá acabar.
Eles estavam se olhando demais, seus olhos brilhavam e estavam tocando-se de leve nas mãos.
- Olha eu devo dizer que eu fui descarado e botei LSD na bebida de limão que eu trouxe. HIAHIAHIAHA

E ele riu mais uma vez de um jeito louco que ate agora eu só vi esse cara e mais um mago da floresta fazerem. Jader não ria alto, mas outras pessoas riram. Se divertiam com a situação. Com a “brincadeira”...Com a “Zoação“!!!Todos do meu grupo se surpreenderam: Ana olhou para frente e depois para o Rodrigo e sorriu.
Vicente se alarmou. Ficou boquiaberto, enrigendo-se todo, e eu só me perguntava sobre o que iria acontecer. Nunca tinha tomado esse LSD que Timbre Lealdade falava em um video antigo. Só tive chances, mas recusei. Será que era dos bons, ou dos mais misturados? E o que iria acontecer comigo depois de utilizar uma substancia como esta?
Rodrigo fez menção de se levantar meio puto mas Lucky interrompeu bem na hora:
- Não se preocupem festeiros. Eu botei a quantidade pequena na bebida. Estamos bebendo em 8. Não vai surtir tanto efeito. É só um presente mesmo, “my friends“!
Jader complementa:
- Todos nós podemos levar vocês para casa caso fiquem de uma forma muito ruim, alguns tem carros e levariam vocês. É só um presente para firmar nossa amizade punk mesmo, nada mais.
Rodrigo senta e começa a conversar com Ana. Todos conversam entre si nessa hora.
- Eu e meus garotos já tomamos coisas piores, e mais fortes. E vocês são crescidos o suficiente para tomarem e tambem tem a ideologia certa para a quimica. Como Timbre Lealdade disse, vocês vao ter um estalo na mente que mudará vocês, mas não por completo! Só mostrará um novo mundo, uma nova visão, um jeito novo de curtir e conhecer as coisas.
- Relaxem, vocês vao curtir. - diz Jader – Essa é uma pura! Deixem entrar em vocês digam “bem vindo”. Só fará bem.
Eu disse, sem ninguém me ouvir...bem baxinho: “Seja bem vinda”.
- Entao garotos, eu tenho mais uma peça para mostrar para vocês. Essa é tambem de nosso querido Timbre Lealdade – Ele foi dizendo enquanto pegava outro cd. - Timbre estudou cores e som para criar esse video. O video faz uma reprogramação no cerebro! Mas saudavel tambem! É psicodelica e vocês estao no estado perfeito para isso!
- O video ajuda a libertar de certos padrões e preconceitos. - disse Jader
Ana fala:
- Ao meu ver esse video joga tua confusão na tela e depois te ensina a reformular e pensar coisas melhores. É um conselho para mudar.
As mãos de Rodrigo e Ana estavam mais tocaveis agora e deu para ver um dando prazer para o outro:
- Qual teu nome? – pergunta Rodrigo
- É Ana – diz ela puxando o cigarro para o canto da boca e estendendo a mão num comprimento e com um sorriso no rosto.
- O meu é Rodrigo, prazer.
E não sei se foi efeito da droga... mas Rodrigo me disse depois que foi amor... Os dois ficaram se olhando por um bom tempo com uma cara engraçada. Queria eu olhar para Rosa assim nesse dia.
O efeito do LSD começou a me fazer efeito. Era como ondas de cores. Como um arcoiris dentro de mim, e no peito dos outros. Como o medium que Vicente dissera, eu estava vendo a aurea das pessoas ali presentes.
Para quebrar o gelo, meio envergonhada, Ana diz:
- Começou a me fazer efeito...
- Em mim tambem – diz rodrigo meio gago. Ana deu uma risadinha.
- Bem então la vai – diz Lucky botando o cd.
Eu estavaa me sentindo bem. Mas eu estava confuso com tanta emoção, e coisas diferentes. Pelo menos eu me tranquilizava! Pois de todos perigos que eu podia passar pela cidade, eu estava ali com dois parceiros de trabalho, e mais!!! Alguns punks e anarquistas, outros trogloditas estavam sendo legais com agente. Tudo estava acontecendo numa vibe boa. Essa palavra eu aprendi nos eventos abertos, “vibe”. É a emoção da conciencia...é um estado de espirito.
Entao o cd começa. Aparecem imagens vermelhas e escuras que vão mudando de cores. Era realmente psicodelico. Aparece um cerebro detalhado com seus neurônios, capacitores de energia. Vai mostrando tambem cenas de guerras e as vezes o Timoty aparecia dizendo:
“ Desafie autoridade. Questione tudo. Controle seu cerebro.
Voce tem uma mente linda! Não deixem que te enganem.
Não deixe outros lhe dizer ou ditar o que fazer...como pensar,,,como agir.
Seja dono de seu próprio julgamento, ações, coração e mente.
Seja livre para discordar com o que não gosta e o que acha errado.
Discuta ideias, faça novos amigos, conheça novos lugares. Leia livros estude!!!”
E o video continua com imagens de canhões, bombas, mortes, dinheiro, sexo pago, miséria, transgreção. O video vai assim ate o fim e as cores se tornando mais intensas. Eu olhava como se a televisão estivesse mandando sinais de outra dimensão. Ao redor da televisão tudo brilhava tambem. Ao acabar ficou um clima de tensão. O som era muito pesado, e agora tinha acabado, gerando um silencio profundo. Eu olhei para o lado e vi Vicente ainda de boca aberta, ele estava catatônico! Ele estava frenético com as presas para fora!!! Seus dentes de vampiro à mostra!!! Lucky olhava para Vicente com olhar de ódio e terror. Jader o segurava não tão forte. Ele ia atacar Vicente, mas ainda não tinha terminado de decidir isso.
Lucky olhava fixo para Vicente. Rodrigo e Ana nem notaram porque estavam se beijando e coversando baixinho.
- VOCÊ É UM VAMPIRO! RESPONDA SE ÉS DO ACANES OU DOS BELFANG!!!?
Vicente não conseguia baixar as presas pontudas nem fechar a boca então falou entre dentes:
- Eu~sou~um~vampiro~dos~ACANES!!! - disse relaxando um pouco - Raramente como animais!!! Me nutro de Sulfelix 4!!! E sobrevivo tambem de alimentos naturais!!!
Entao mostrou um frasquinho de cor amarela que ele se alimentava para acalmar a fissura e alimenta-lo para não precisar de sangue humano. Lucky bufava. Eu tentei me preparar para defesa mas não conhecia mais meus braços. De repente as cores bonitas tinham perdido o brilho de luz divina, estava tudo mais cor de chuva e tenebroso. Jader interveio:
- Olha...é vicente não és?
- SIIIIIIIIIIIIIMMMM – falou num assovio
- É que os pais de Lucky foram mortos por vampiros do inferno. Ele sofre até hoje.
- ME desculpe!!! – Vicente chorava – Desculpe pelos pecados de minha raça.
Olhamos bem firme para Lucky! Inclusive Rodrigo que tinha ouvido o que estava acontecendo e não mais brincava com, ou beijava, a Ana.
Lucky quase caiu para traz ao mesmo tempo que Jader o largava.
- Olha – disse Lucky – NUNCA VI UM VAMPIRO SE DESCULPAR!
- É que – e agora Vicente conversava melhor – é que depois de ver tudo o que você mostrou, eu vejo que minha raça contribuiu para algumas guerras e derramamento de sangue!!! Por sermos eternos, faz pouco tempo que começamos a tratar os humanos com mais respeito. Mas minha família de ASCANE é bem diferente dos do BELFENG e os do inferno. Nós nos alimentamos de passantes, que são aqueles que batem em nossa porta, ou vão atrás de nós com interesse de se tornarem vampiros! Mas queremos o bem e meu pai questiona todos motivos do porque nossa raça antes era amaldiçoada! É uma dádiva ter esse sulfelix 4, que os cientistas criaram para nos ajudar a chegarmos mais perto do criador e suas leis divinas. - o clima estava mais calmo, nenhum ataque ia ser feito. - E já que você esta nos dando tantas informações vou lhe dizer que existe uma especie hibrida que alem dos ASCANE são metade humanos tambem, eles só tem nossa força.
- Isso eu sei! Pois aqui mesmo existe um hibrido que é Jack. - diz Lucky
Então desce do teto, onde ninguém tinha visto que estava um vampiro hibrido, lá, observando tudo. Ele desce de uma cama no alto do arco da ponte e desce quase que voando e diz:
- Prazer, eu sou Jack La Batafka! - disse estendendo a mão para Vicente. Rodrigo se aprumou para defender-nos, mas ele era pura amizade.
Ele tinha cabelo preto, estatura mediana, forte, e um sorriso parecido com o que eu dou as vezes: com muita felicidade. E estendeu  a mão para Vicente que ainda estava meio boquiaberto.
- Eu sabia que você era um vampiro mas não disse nada! - disse sorrindo. - Sabia tambem que assim que a bebida fizesse seu efeito você ia ficar boquiaberto. Eu já tomei essa quimica mas não tomo mais, me faz mal. E vai te fazer um pouco também se você não se alimentar de sulfelix agora.
Entao vicente toma um gole do frasquinho com as presas abertas e consegue voltar a se movimentar melhor.
Eu não, eu estava paradão, viajando da droga. Olhando tudo ao redor com uma beleza singular. Havia pessoas dançando nos cantos. Alguns fumavam e conversavam, outros se beijavam em trio ou quadruplo ou de casal mesmo. Alguns eram mulheres com homens outros eram do mesmo sexo. E o grafite de Morpheus estava falando comigo, coisas que eu não ouvia porque estava acontecendo cena atrás de cena em minha frente. Jack continou a falar e eu prestei atenção nele.
- Eu tambem não mato humanos!  Mas que as vezes da vontade... aaah isso dá! - disse Jack
- Mas não vai fazer se nao for preciso né Jack!? - Perguntou Lucky.
- Não Lucky! Não vou! - Disse a contra gosto - Deixe-me continuar! - e continuou - Eles são tão fracos e estupidos que me irritam. O mundo está um caos, porque o povo não conhece seu verdadeiro poder! O poder da mente! O poder da confiança! O poder do amor!!! - Gostei dele, logo de cara. Ainda mais depois de eu entender que nada de ruim iria acontecer e relaxei. - Muitos se odeiam! E vocês sabem porque!? Por causa das coisas que Lucky tem mostrado a vocês!!! - Diz Jack. - Por causa da manipulação! Por causa da desinformação! Ao invéz de amarem ao Criador e ajudarem um ao outro, se tornaram imbecis que querem se ferir! Vê se podê!!! E eu nem acho que é tanto assim culpa do governo! Pois muitos lá tentam não roubar, tentam fazer o melhor para a civilização, mas outros não os deixam, não querem! E o povo acaba sofrendo com gente mais rica que eles!!! Sofrem como animais indo para o matadouro, vivendo a vida inteira sem lerem livros, sem conversar com gurus!!! Isso não é culpa do governo! E sim delas mesmos!!! Que acabam tendo preconceito, medo, e outras futilidades do novo século. ... Antes, a vida era bem mais perigosa! E SEM O GOVERNO!!! Imagem agora, que existem policiais, investigadores, comando vermelho, bombeiros, enfermeiros, professores, entre outras profissões mais validas que nossa sociedade tem!!! Eles que são os patifes!!! - Ele terminou de falar mexendo sua franja na parte esquerda do cabelo, botando-a para cima e rindo, contente de botar tanto para fora. E ele continou - Mas então Lucky, vamos curtir uma festa pequena agora? Acho que esta na hora de deixar eles curtirem a nossa diversão aqui tambem.
- ESTA NA HORA DA FESTA PESSOAL! - Gritou Lucky e trocou de cd. Mais pessoas se aproximaram, pois estavam afastadas se divertindo conversando por fora de onde estavamos (debaixo da ponte). Inclusive o tio que vendia cerveja e bebidas veio mais perto. Pessoas em cima da ponte desligaram os sons de seus carros, e vieram para baixo e começou uma verdadeira festa ali mesmo! Como foi divertido! =D
A musica dizia: “Nós vamos dominar o mundo, você não sabe? Voce não sabe? Vamos conseguir juntos. Tem que ser juntos! Tem que ser juntos!!! Leia livros!!! E você saberá a verdade! Não perca tempo! Leia livros!!! Nós viemos de um super mundo. Um mundo de energia racional e vivemos num mundo de energia animal. Vamos conseguir juntos!!!”
Eu fui dançar pois me contagiei com a “vibe” e junto fui. Consegui me mexer junto com a musica e issso me fez muito bem. Eu vi que Vicente e Jack dançavam uma dança estranha, tanto quanto a minha, hehe. Rodrigo dançava sem tirar os olhos de Ana e essa rodopiava ao redor dele. Eu dancei com Jader e Lucky e mais umas garotas e garotos tambem.  Muitos balançavam a cabeça e o cabelo com as musicas mais freneticas que diziam:
“Voce pode fazer tudo. Venha ver!!! Eu não tenho arma, não!!! Estou desarmado em sua face! Seu chatonildo!!!”
“ A música não tem fim! Não tem fim! Une corações e ajuda em orgias!!! Ouça o som!!! Ouça o som!!! E volte a cantar como nunca cantou antes!!!“
“Tenha paciencia meu jovem! Amanha será um dia melhor! Um dia melhor! Cada dia passara, passara! E voce depois de morrer, voltará ao seu Criador!E ele abrirá os seus braços! E te amará para sempre!!! Trazendo paz aos corações daqueles que amaram e tiveram bom karma na vida no planeta La Morados Selados...“
A musica entrava em mim como minha amiga! Sons que eu nunca ouvira antes preenchiam minha alma, e me deixavam contente por dançar cada vez mais! Eu estava aprendendo a dançar cada vez mais que eu ia nesses eventos abertos! Mas tambem: É só se movimentar de acordo com a música e o que voce acha que vai combinar! Dançar como outros se movimentam e cada vez mais da-se a vontade de ensaiar novos passos.
Foi muito divertido essa tarde. O alchool me deixou com corpo solto e sorridente. A maconha me deixava pensativo com tudo o que eu tinha ouvido e visto e o Lsd mexia com meu corpo por todas as ondas do que eu depois fui aprender serem Chakras. Eu estava num casulo aberto que me reformulava. Ideias novas e sentimentos nunca antes sentidos eram fluidicos agora tudo de uma vez só. Padrões chatos e que eu nucna quis estavam indo embora de meu ser, inclusive a vontade de pegar um emprego e uma faculdade. O que é uma pena e não é. Pois isso é muito legal e saudavel, sei agora.  Mas se eu ficasse na cidade rica, podre e visivelmente corrupta, eu não teria salvo o planeta!
Os grafites da parede dançavam tambem conosco. Um dos quais eu não descrevi ainda, era de uma esfinge. Uma imagem do deserto, com um ser de duas patas equilibradas no chão, corpo de leão e cabeça de humano.
Ela me dizia coisas sonoras, como um rugido e dizendo que varios já passaram por ela e chegaram até uma maravilha de deserto. Morpheus tambem, com seus braços estendidos estava nos olhando com um convite na mão: A verdade ou a mentira? Foi então que eu vi aquele grafite do lado de Morpheus, e surgiu como um presságio!
O povo que abria as mentes, e jogavam o terceiro olho contra a maquina mortifera, que continha aquela cabeça verde no topo do desenho. O abate começou a se movimentar e vários carros e animais e pessoas com espirito pesado camihavam num caminho de destruição e corrupção, como zumbis das lendas em livros. E os que defendiam, estilo “fazendeiros“, brilhavam como o arco iris que eu vi atravéz de meus olhos junto do LSD. Era o fim do mundo!!! Mas os que sabiam do amor do criador estavam salvos na frente do grafite!!!
- Voces estão convidados para a festa de hoje a noite! - Disse Lucky, - Hoje é na Vamp House! Eu quero vocês la!
- Vamp House - Diz Vicente - Eu já ouvi esse nome antes!!! Não é lá que muitos vampiros vão para se divertir, dançar e tals? - diz Vicente bem feliz, agora que estava tudo em paz e estavamos com corpos dançantes. - Minhas irmãs vão nesse lugar!!! Alguns irmaos também. Mas eu mesmo fui apenas duas ou três vezes. E porque você vai lá se você não gosta de vampiros?
- Eu vou pela festa! Lá vão alguns punks daqui tambem! E eu gosto de estar perto de meu povo do playground punk! E tambem... eu quero acabar com este medo, sonhei com Morpheus e ele me disse para relaxar quanto aos vampiros do bem. Lá não tem nenhum vampiro do inferno, eles são bem seletos com o publico que entra!
Então, após acabar a festa nós saimos de lá, de carro e fomos ate a Vamp House.
Eu não falei para ninguém do Cid, mas percebi que Morpheus, ao me dizer que eu iria sonhar mais vezes com ele na trip (viagem) de LSD, os dois deveriam ser bons amigos. Bons mestre/aprendiz...E me deu muito mais vontade de sonhar com Morpheus, ou ouvir a voz de Cid novamente.

livro de aventuras do Lupe - Capitulo 6

            Capitulo 6 - VIRGINDADE INTELECTUALMENTE SENSUAL             
Interessados em saber o que Nicholas teve de missão? Eu só descobri mais tarde nessa linha de tempo que lhes conto o livro, então vou lhes deixar na curiosidade por enquanto. Ao invés disso vou continuar a minha historia contando o que aconteceu alguns dias depois. Algo mais romântico.
Eu ficava num hotel, um albergue na verdade, só que dos mais chiques, e lá eu podia fumar baseado. Foi numa noite dessas que eu estava fumando que aconteceu o seguinte:
Depois de uma noite de serviço, em que o grupo foi entregar armas a um pessoal esquerdista que vinha contrabandiando livros e cds e dvds. Eu cheguei de carro no albergue e subi para dormir e, antes disso assistir televisao ate tarde.
Eu subi e então fui tomar um banho. Após o banho botei um cd que havia ganhado de Nicholas Guerreiro DroStasy Pereira, eram musicas calmas, lentas e com groove proveitoso. Um cd de Blues psicodelico .
Eu logo enrolei numa seda uma Ccaannaabbiiss Ssaattiivvaa para fumar. Estava na cabeceira à minha espera depois de um dia de trabalho. Tirei a seda com a marca que tinha uma Amazona na frente e peguei o saquinho de erva que nossa mafia vendia. Era uma Ccaannaabbiiss Ssaattiivvaa muito boa, era uma das mais puras e algumas eram ate modificadas para dar um efeito mais aproveitoso. Algumas tinham cristais azuis, e a minha dessa noite tinha. E o efeito era bem mais tranquilizador e chapante.
A noite estava calma e silenciosa. Eu sabia o que acontecia nas ruas la embaixo, mas eu era alertado quase todos os dias, pelo pessoal da mafia, a ignorar este fato e se preocupar apenas em ficar bem e relaxado. Era um bairro protegido. Nao queriam que eu me metesse em confusão com o pessoal do inferno e eu não estava nem um pouco interessado em conhecer mais maldades da vida “normal”. Ja bastava tudo o que eu sabia. Coisas que mau cabiam em meu peito... Toda aquela angustia de saber sobre vampiros. De ver mortes. De participar de assasinatos. E de acontecer poesia, de cantarolar e expulsar meus demonios internos ao cantarolar músicas e conversas com o criador pelas ruas.
Eu fazia isso. Saia com meu fone branco e cantava pelas ruas. Musicas que eu adorava e não me importava muito com quem observava. Eu achava, com razão, que eu trazia amor à estas pessoas. A maioria, outros eram ranzinzas ate os limites do corpo! Pois quando se vive muito tempo na repetição tudo fica muito chato e inutil e a gente que é mais maluca e sonhadora quer mudar as coisas, não deixa-las mais chatas e monotonas.
Alías chato era o  contrario do que eu queria. Eu queria era ser espontaneo e isso eu estava sendo, e a maconha me ajudava nesssa esponteneade.

Eu olhava pela janela pensando no quanto a cidade é suja. Com cheiro ocasional de lixo, pó preto de sujeira nas calçadas, onde passam carros soltando fumaça, e tambem das descargas de caminhões com seus motores que queimam oleo. Cheiro de morte e prisão, pois era isso que eu eestava sentindo nesse dia: PRESO.
Rosa teria me tirado dali. Ela teria me ajudado a achar pistas nesses livros, me diria o que fazer, e quando fazer. “ COMO UM CASAL!!! Poxa vida!”.
Eu estava querendo quebrar algumas coisas... mas quanto mais eu tragava e soltava fumaça mais eu me acalmava. Eu fiquei olhando para duas estrelas bem próximas, que pareciam dançar entre si. Me deixavam calmo mas eu estava com dor no coração. De novo: “ ONDE ESTARA ROSA!?” Rosa teria me libertado de todas as mortes que eu estava rezando e dos outros serviços. Ela teria me feito uma massagem dos pés a cabeça e teria me elevado ate os limites do prazer, e nesse quarto mesmo.
Ah, os contornos do amor. Fazia tempo que eu não abraçava alguém como abraço ela. E eu não queria saber de outra menina... Era só Rosa e Rosa, ou seja, um amor impossivel para os meus padrões nesses dias. Queria uma cura para minhas feridas. Feridas de um homem que adentrou a cidade grande atrás de aventura e amor pelo Criador. Acabei encontrando tristezas e mortes, como seu Pedro havia dito. Mas tambem amizades, irmandade e cultura. Saí de meu canto no meio das montanhas onde tudo era chá e bolo de nona, caminhadas frescas e gostos de frutas. E agora eu tava numa confusão cinza.
Eu estava louco para sair dali. Atravessar o deserto do contrabando quem sabe. Mas e Rosa?
Eu teria de voltar até as montanhas!
Um abraço de mãe e uma namorada para viver e continuar minha jornada.
Agora eu estava livre da Máfia.
 Aqui nesse lixo de cidade imperfeita e comandada por demonios, eu estava farto. Eu deixei uma lagrima cair apesar de quase nunca eu chorar por dor ou tristesa.
De alegria, sim: Sempre me vinha uns risquinhos de agua doce saindo pelo olho. As vezes salgadas também. Principalmente quando eu me emocionava com filmes ou músicas. Mas poucas vezes de tristeza.
Chorei a primeira vez que tive de rezar para um morto em minha frente. Mas com essas mortes eu já tinha me acostumado.
Eu estava lendo três livros ao mesmo tempo, ate esse dia. Lembro bem pois foi a primeira vez que me emocionava tanto com um livro. Eu estava lendo sobre vampiros, um tal de andarilho que caminhou milhas e milhas para chegar em algum lugar e pegar uma espada e nisso conheceu anjos e demonios e cachorros que rosnavam para ele ameaçando como um verdadeiro capeta. Ele escreveu sobre outros vampiros e o quanto eles foram grosseiros com os humanos, sendo líderes de povos em outras epocas e se banhando em sangue de virgens escolhidas à dedo para satisfazer seus desejos mais obscuros e demoniacos. Não dizia nada de vampiros bons como o Vicente e sua equipe (e sua família). Eu estava contente por conhecer meu parceiro e isso já bastava.
Qualquer dia eu vou pedir para ir na casa dele e conhecer os outros vampiros. Esperava que eu ficasse bem ate la pois a cidade é um lugar perigoso. Para alguém da mafia tambem era.
O outro livro eu consegui com Rodrigo, que o conseguiu de um esquerdista era sobre um projeto chamado Projeto Mercúrio e me contou sobre uma cidade altamente auto-sustentavel e magnifica onde ninguém precisaria trabalhar, nem fazer muito esforço. É realmente o caminho mais fácil de evolução espiritual no mundo humano pois vão existir prédios inteiros destinados à agricultura, assim todos poderiam comer de graça, e cada um teria uma função especifica! Muitos não precisariam nem trabalhar pois seria tudo de graça para todos. Mas poucas pessoas sabiam desse plano e que era sim um meio concreto, real e possível de evoluir a humanidade.
“Isso porque o povo é burro” já me disse Rodrigo. “Nao querem o melhor para todos, e sim para si” e isso realmente me entristesse muito. As máquinas já teriam evoluido a tal ponto que criariam predios em questões de poucos dias, pois não seriam mais de tijolos, e sim, de blocos de cimento já prontos ou de outro material que ainda não tinha sido muito utilizado até então.
O terceiro livro falava de muito expressionismo e se chamava Os sofrimentos do jovem Caroline, e meu senhor amado... como eu me identifiquei com este livro até aquele dia! Pois fala de um amor que não deu certo porque a amada de Caroline já estava casada e morava numa colina onde ele a visitava perioodicamente. Lia para ela. Cantava canções. Mas nunca a podia namorar. Falava de um amor puro e racional onde ele explicava muito bem os seus sentimentos mais elevados da alma humana, e li uma passagem dele que diz o seguinte:
“Nao, esta bem! Tudo corre pelo melhor...eu, seu esposo!  Oh Criador que me deste o ser, tivesseis me preparado esta felicidade e toda minha vida não passaria de uma adoração continua! Mas não quero advogar contra a tua vontade. Perdoa-me estas lagrimas, perdoa-me meus inuteis anseios...ela, minha linda mulher! Se eu tivesse estreitado em seus braços... a mais doce criatura da face da terra! Corre-me um arrepio pelo corpo todo quando o outro abraça seu corpo esbelto. E todavia posso dize-lo? Por que não dize-lo? Ela teria sido mais feliz comigo do que com ele...Oh, ele não é homem capaz de satisfazer melhor os desejos daquele coração. Uma certa falta de sensibilidade, se é que me entende!”
Foi então que refletindo sobre estas coisas e pensando em viajar para o deserto onde ouvi boatos concretos e corretos de que acontecia um contrabando para a cidade rica, podre e visivelmnete corrupta, que eu ouço a voz de Rosa Borboleta Dia em minha cabeça:
“ Posso chamar de dor? Posso chamar de amor? De ternura, de bravura, de terror de não lhe mais ver? Posso ser você, nós, meu, teu, eu? Quando der para te ver
quero borboleta ser
para voar e te encontrar
Seja onde for
Sem dor
Sem Terror
Só amor
Só eu
E você
Eu e
Você”
E então, eu não enxergava mais direito. Um pouco pelo efeito da maconha que rondava o ar do quarto e bastante pela lagriama que eu não tive a audacia, nem vontade, de limpar. E foi assim que vi uma borboleta passar por mim, e logo essa borboleta se tornou o retrato exato de Rosa Borboleta Dia, mas não era ela, não poderia ser. E ela estava fantasmagorica tambem. Era a imagem dela voando em direção ao meu encontro. E logo, com passos de gato, bem silenciosa, e gentil, foi entrando pela janela. Pisou no para-peito e então flutuou ate eu e me deu um abraço.
Foi maravilhoso sentir isso, mas eu só podia estar viajando. A fumaça já preenchia toda a sala e mal dava para saber o que era real e o que não era. Entao eu decidi só curtir. Fazia tempo que não dava uns beijos nela e eu quis aproveitar muito esse momento, mesmo que fosse uma miragem.
Ela tinha asas como um anjo, como uma verdadeira borboleta, OU FADA.
- É você Rosa? Voce...!? - ia perguntar se ela tinha aprendido a virar fada.
- Shhhhhh – disse ela pedindo silencio com o dedo em minha boca para que eu me calasse. - Apenas me beije!
E eu beijei. Com fervor! Rodopiei abraçado nela, a beijando, e todos meus pêlos do braço começaram a dançar no corpo dela. Sobre ondas magneticas de nosso intenso amor e saudade sendo consumida, eu sentia seu cheiro. Sua respiração. Seu olhar. Sua boca. Seus lindos seios. Duvidas se tornavam certezas. E o silencio me dizia tudo.
O quanto ela me queria, o quanto ela gostava de mim e nós dois sendo o que eramos para ser: NóS DOIS.
O sorriso que ela me dava, não era um sorriso aberto nem pequeno. Era perfeito. A pureza de meu amor crescia a cada novo instante de transpiração conjunta. E era muito belo nossa dança pelo quarto. Corpo a corpo. A cada novo detalhe, eu amava. Cada toque na cabeça. Mexida no braço. Cada transação corporea era um profundo aproveitamento interno e externo e eu já não dominava as coisas. Nem ela tanto assim guiava. Era algo alem de nós. E eu era mais entregue a ela do que qualquer outro dia que eu sempre sou. Pois agora ela estava ali, em minha frente, como um fantasma. Eu pensava ser minha ccaannaabbiiss ssaattiivvaa que agia em meu corpo. Misturado um pouco com o LSD que dizem que fica para sempre misturado em nosso corpo. Estava tudo lindo.
Ela estava vermelha como morango. Eu a acariciava com ternura e demonstrava toda a minha saudade e vontade de ter ela por perto, desde que saí da vila.  E então levei ela até a cama. Ou foi ela quem me levou, porque eu já não sentia mais meus pés no chao, e sim que eu estava flutuando com ela. Cada célula de meu corpo se juntando a saliva adormecida de sua boca junto com a  friagem que sentiamos vinda do lado de fora do albergue.
A fumaça nos rodeava e eu não arriscava abrir os meus olhos. Era muito perigoso perceber que era tudo aquilo uma miragem. Ela me despiu, pois ela...ela estava apenas de um tipo diferente de calcinha e  sutiã dos que ela usava no vilarejo. Devia ser minha mente criando a fantasia toda, com novos detalhes inclusos. Algo vindo de algum sonho erótico que tive com ela naqueles dias que não nos viamos. Eu estava me sentindo muito bem depois de ter tomado aquele banho relaxante, e a musica que tocava na vitrola estava ótima! Nos envolvendo num ritmo lento e proveitoso. Cada exalô de seu nariz, preenchia meu corpo com um tesão que eu nunca tinha tido em toda minha vida! Nem quando ficavamos dentro da cachoeira, na nossa caverna quase secreta. Eu estava grudado a ela, como aquilo poderia não ser real? Estava tao intenso...
Eu tentei falar de novo:
- Rosa, te esperei por tanto tempo. Rezei ao criador, diversas vezes, para eu ter controle sobre as garotas daqui. Para resisti-las. Sempre rezei para ao menos me divertir como se fosse com você ao conversar com elas. Mas você nunca estava presente, e eu...eu senti tanta falta de você!!!. E agora você está aqui! Eu te amo Rosa Dia!!! Te amo muito, MUITO!!!
E novamente, ela me impediu, me beijando mais e mais. Misturando nossas respirações.
Então, depois de mais dois beijos intensos, eu pedi um tempo. Depois de ter tocado bastante nela. Depois de ter conhecido a suavidade de uma Deusa. A intensa movimentação carnal em ter seu corpo colado ao meu. Me sentindo dois seres... Eu já não controlava mais meus movimentos! Eu era guiado por um amor incondicional, uma perdição total em ecstasy junto com o Blues Psicodelico!

Eu não sabia o que estava acontecendo direito, e pedi a ela um tempo. Ela aceitou sem nada falar, somente se afastou de mim e ficou imovel parada me olhando deitada na cama. De braços cruzados no joelho. Eu sentei na cama me sentindo meio derrotado mas eu já estava duro para fazer aquelas coisas de adulto. Mas eu não sabia como fazer! Eu tambem estava preocupado com o que mais eu poderia imaginar caso a maconha batesse mais forte, mas a confiança que eu tinha no calor do momento era tão grande que eu não deixei escapar nenhum sentimento intranquilo de irresponsabilidade com meu corpo e mente. Eu apenas quis ir em frente.
Ela me olhava. Toda núa. Toda bela. Tao... MINHA!!!! Tao “nosso momento”!!! Ela tinha olhares doces. Exalando flores pelos pôros. Seus olhos, cor rosados pareciam ser, mas eram, como eu já lhes disse: azuis, com seus cabelos cor de mel cacheados.
Alias, esse olhar dela, cor de Rosa, tinha uma vibração muito apaixonante! E bem no fundo do olhos dela, estavam coisas literalmente rosas, sem espinhos, mas belas flores.
Ela sorriu. Pegou em mim e não soltou. Ficamos nos olhando por um bom tempo. A nossa respiração ficou bem menos energitica e saltitante, mas se aquietou.
Ela deitou em meu peito, e disse: “Eu te amo Lupe”.
Pelo menos eu acho que ouvi isso, pois ela não mexeu nenhum musculo para me declarar seu amor. E eu pensava estar viajando.
Me remeteu lembranças de quando estavamos na cachoeira. Aquela que só existe na minha comunidade antiga. A NOSSA COMUNIDADE E A NOSSA CAVERNA. Em todos aqueles dias, nós nunca fomos muito para frente no quesito sexo. Eramos virgens...e agora, depois de três anos, estavamos na hora de fazermos o que eu desejo, e ela também, à muito tempo. Frente à frente estavamos, e iamos fazer aquelas coisas de adulto pela primeira vez.

Foi como se soubessemos o que deviamos fazer pois estavamos deitados, eu em cima dela e ela embaixo revirando os olhinhos, com duas asas encostadas na ponta da cama.
Foi quando eu a penetrei. Um estalo pode ser ouvido e ela apertou bastante firme as duas maos e unhas nas minhas costas e eu gemi de prazer. Fiz bem lentamente para aproveitar cada momento cada toque e eu tambem não queria que ela sofresse de dor pois já tinha lido sobre essas coisas, das quais eu nunca tinha feito antes, e pelo visto, nem Rosa.
Foi nessa noite, desse jeito que lhes conto que perdi a minha virgindade. Nós dois gozamos, e estavamos em excstasy, fazendo caricias. Sem falar nada.
E depois do nosso sexo, ficamos dando mais beijos, trocas de olhares, toques ainda deitados na cama. Eu estava ofegante e suado. Então sentei na beira da cama, puxei meu esqueiro e acendi o baseado que pendia no cinzeiro. Ela apenas me olhava. Eu fumei e a fiquei olhando ela enquanto tocava um Slow Jazz e eu acariciava suas pernas. Eu queria dizer algo, mas, tambem não queria. Queria o silêncio, pois o gozo havia sido demais.
Droga, esta é uma das minhas memorias mais felizes e importantes! Ver ela assim, nua, e parada me olhando, só observando. Com asas nas costas, como um desenho de anjo que eu já tinha visto em HQ's ou nos filmes de televisão.
Ela me disse:
“Estas sonolento Lupe. Durma! E eu não terei passado de um sonho maravilhoso nesssa noite estrelada que rezaste para a lua.”
Então ela se afastou, voou ate a janela, e olhando de volta para mim, voou em diração ao céu noturno. A lua ficou em seu lugar.
Eu apaguei e dormi um sono profundo com um sonho intrigante. Sonhei que estavamos eu e Rosa na caverna onde nos beijavamos e ela estava com suas asas de borboleta. Eu com minhas novas roupas. Nós dois crescidos. Ela me disse tocando em minhas pernas que ela estava com vontade de me ver já fazia muito tempo. Que mau tinhamos nos despedido, e ela achou injusto não leva-la para conhecer a cidade grande juntos. Ela disse que tinha fugido do vilarejo para me acompanhar. E nisso aparece um ser parecido com Cid, mas não era ele. Era uma figura que eu não reconhecia direito. Quem estava la na caverna conosco era um negro alto, forte, careca e de ocúlos...Morpheus! O rei dos sonhos, que li no livro de Matrix! E ele me disse:
- Lupe, voce esta de parabéns por tudo que fizeste ate agora, você foi um anjo para todos que conheceste nos eventos abertos. Atravez de você muitos planos puderam ir para a frente. Logo que chegaste e dançaste nesses eventos todos aumentaram a moral deles, ate a segurança deles você reforçou ao pedir para Corleone, e até antes disso. Muito bom de sua parte! Eu estou feliz de saber tudo isso de você! Logo você irá me conhecer pessoalmente, e melhor, através de outros sonhos! E você ira conhecer meus amigos da cidade rica e talvez da cidade de Matrix tambem! Cid está contente com você tambem, e até seu pai já ouviu histórias suas! Vamos, agora acorde Lupe. O dia será cheio - E eu acordei, sozinho. No quarto.
Acordei deste sonho, determinado em saber mais sobre: “Será que Rosa estas mesmo aqui na cidade grande?” ou  “Quem era aquele Moreno de oclus? seria algum elfo ou amigo de Cid?”
Tomei um banho, pensando em nosso sexo. Se não era real aquilo, então eu estava enlouquecendo! Depois de sair cheirando a rosas em todo o corpo, decidi botar mais um cd para ouvir, enquanto eu fumava um cigarro olhando pela janela, o dia amanhecer. Eram 5:20 já, e o sol já era visto nascer de minha vista da janela aberta.
Foi quando eu senti muito forte, uma presença no quarto.
Já tinha sentido essa presença as vezes, e era sempre no mesmo quanto. Me assustei, porque quando eu olhei, vi um memino. Ele tinha olhos laranjas e uma camiseta listrada. De repente, não tinha mais ninguém ali.
E eu pensando: “PORRA!!! DEVO ESTAR ENLOUQUECENDO!!! AINDA BEM QUE PODEMOS TER ESTES PEQUENOS, MAS GRANDES, MOMENTOS DE PRAZER!!! Se não fossem por eles, eu desistia de tudo e todos! Que coisa louca!“