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janeiro 16, 2020

livro de aventuras do Lupe - Capitulo 5

                                    Capitulo 5 - PEDINDO PROTEÇÂO AO PADRINHO

No outro dia...
Eu estava aproveitando cada dia, um apos o outro, aproveitando ao maximo, como eu pensava que o Criador desejava. Já havia passado três anos desde que saí do meu vilarejo, agora eu estava com 21 anos. Eu estava bem. havia encontrado uma familia, havia encontrado um grupo, havia encontrado dinheiro, festas, drogas, amigos, comidas boas, roupas novas, um crucifixo belo e grande no meu peito. Minha vida nova estava maravilhosa!!! Só faltava Rosa para completar minha coleção de coisas boas para a vida que eu vivia.
Então eu desejava o melhor. Para tudo e para todos, e queria e gostava de esbanjar isso, mas eu tambem amo o silencio. E amo desde aquela epóca; Então eu era bem silencioso apesar de ser bem conhecido pela cidade já nos primeiros anos. Ficava sentado em praças queimando um baseado e olhando para as arvores, conversando dentro de minha mente com pássaros. As vezes eu assobiava para eles. De vez em quando eu dava uma volta de carro com os guris (Rodrigo e Vicente) e iamos realizar algumas missões. Eram sempre barbadas para mim, e para eles tambem. Porque Rodrigo era bem forte, Vicente era bem tático e os dois eram profissionais a um tempo no ramo já.
Teve uma ou duas festas que um pessoal chamado Ovos de Dinossauros faziam e eu e os guris iamos de vez em quando. Eu fiz o Rodrigo e Vicente conhecerem Nicholas e outras pessoas como Saulo, e nós iamos juntos nesses eventos que os Ovos de Dinossauros faziam. Eram bem legais!
Uma vez foi num estacionamento. As músicas eram tudo misturadas. Tocava algumas de hip-hop, outras de MPB, outras de Swing e outras de Funk! E além desta mistura, eles mesmos misturavam as músicas que tocavam!!! As vezes era duas ou três músicas ao mesmo tempo, e sempre que encerrava uma, eles ja engatavam outra para ir tocando no finalzinho da anterior!!! Isso era muito divertido! As festas eram magnificas, e todos se divertiam nelas! O pessoal do Ovos de Dinossauros sabiam como dar uma festa de arromba e fazia uma psicodelia geral. 
Muita gente feliz, que esbanjavam amor. Nessa festa, se voce entrasse de bicicleta voce pagava $5,00 a menos. Então muitos vieram de bicicleta, inclusive Nich, e como era um estacionamento eles deixavam as bikes na parte de trás e nós faziamos a festa na parte da frente.
Foi então, no meio de toda aquela psicodelia, que eu conheci Amanda Harekrishna Estrela Dourada. Ela era linda demais, e esbanjava MUITO amor. Eu ja havia avistado ela de longe em alguns outros eventos, e ja haviamos conversado num grupinho, mas nunca haviamos nos apresentado. Nem conversado pessoalmente. Ela sempre conversava com muito amor. Não fumava cigarros, pois ela era um templo divino, como todas as almas de seres que sabem disso, são, e dizia que não podia se intoxicar e somente deixando entrar elementos bons dentro de si. Nao gostava que fumassem perto dela e ela tambem não bebia alchool. Outras drogas como LSD eu não sei, pois não sabia muito sobre ela. Mas eu ainda ia conhece-la muito bem!
Ela falava sobre amor de uma forma diferente dos outros; ela era mais apaixonada pela vida, assim como eu E quando duas almas são iluminadas e são brilhantes, de bem com a vida, o destino tem uma maneira de deixar elas se encontrarem. Os elfos me explicaram sobre isso.
Somos almas, vindas do Criador. Ele nos cria e envia para Terra. Alguns dizem que escolhemos vir para a Terra, com alguma missão ou como castigo ou como evolução da nossa alma. Depende de quão evoluidos somos na trajetória cosmológica. E quando uma alma de um ser, se encontra com outra alma de um ser tambem encarnado no mesmo local ou no mesmo Planeta, as duas se olham e já se apaixonam. Seja por amizade, seja por interesse mútuo, seja por amor de homem com mulher ou paixão carnal mesmo entre a comunidade LGBT. Explico melhor isso mais tarde, por enquanto vamos voltar a festa: O encontro com os elfos e indios ainda estava longe de acontecer.
- Oi! - eu disse, quase esbarrando nela no meio da festa.
- OOII!!! - Ela respondeu dando aquele sorriso lindaço que ela tem. - Que festa linda não é!?
- Sim, - Eu respondi, no meio de tanto barulho da festa que vinha da mesa do DJ e das caixas de sons. Por este motivo, chegamos mais perto para ouvir um ao outro. - Esse som dos Ovos de Dinossauros é muito fera!!! - eu disse sorrindo, lhe apertando a mão. - Prazer! Meu nome é Lupe Dasrusia Margarida Coprane!
Ela veio e me deu um beijo na bochecha, o qual eu respondi com outro.
- Eu sou Amanada Harekrishna Estrela Dourada! - Ela disse sorrindo muito com aquele sorrizão lindo que ela tem. - Que conhecidencia, eu tambem gosto de me apresentar dizendo todo meu nome!!! Esse é seu nome completo?
Dançando. Dançando até o dia acabar - a música tocava ao fundo.
É sim! - Eu respondi. Como eu tava quase gritando, eu cheguei mais perto dela.
- Eu já te vi por aí nos eventos abertos. Voce é bem famosinho, Lupe. Mas não sabia que eras tão mais lindo de perto! - Ela disse mexendo a cabeça como uma coruja para o lado e sorrindo seu lindo sorriso de coringa, e me deixando encabulado e vermelho como uma pimentinha da cor vermelha. OU COMO UM TOMATE! Que eu prefiro comer do que pimenta...Comidas picantes não me descem muito bem! Eu não sabia o que responder e fiquei mudo, então ela continou me eloginado. - Você é um homem e tanto!!!
Ainda sorria. - Quando o amor bate, não existe solidão. Quando o amor bate, é dificil de a raiva vir tambem bater. Quando se ama, logo se sabe. - Tocava ao fundo. Era uma mistura de batida de Funk com MPB.
Eu fiquei excitado. Era algo que eu não podia controlar. Ela era muito linda! Mas eu não queria traír Rosa Borboleta Dia. Então eu decidi contar isso para ela. Mas quando eu ia dizer alguma coisa, ela falou primeiro:
- Ah! Eu amo essa música - Era um rock que acabara de começar. - Que tal dançar esta comigo!?
- Pode ser! - eu respondi de supetão, pois eu estava nervoso e precisava de qualquer motivo para me afastar de uma princeza linda como ela em minha frente e eu queria ficar sozinho  e pensar em Rosa. Até aquele dia eu não havia traído Rosa, que tinha dito que ia me esperar, eu acreditava fielmente naquilo. E eu tambem havia feito uma promessa a ela, e não gostaria de quebra-la. Por mais linda que Amanda pudesse ser.
Fomos dançar, perto da mesa do DJ. Eu estava bebendo uma vodka com energético num copo, então nao dancei tão afinco. Já ela, dançava com muita energia e movimentos perfeitos. Ela era puro Ecstasy. Quando trocou de música, eu joguei meu copo numa lixeira perto da mesa do DJ e voltei a dançar com ela. Agora era uma música de MPB misturada com Reggue. Ela pegou minhas duas mãos e botou em sua cintura, sorrindo aquele sorriso lindão dela. Eu botei, todo envergonhado, pensando: uma dança cairia bem, um beijo não. Por causa de Rosa.
A música dizia: Hey baby, aposto um beijo que você não nega um beijo meu. Eu soltei minhas mãos da cintura dela quando ouvi isso, mas ela pegou e botou de novo.
Então, dançamos, e foi bem divertido. A música trocou e começou um rap. Falava sobre caannaabbiiss ssaattiivva. Ela tentou me beijar, eu me afastei envergonhado, e disse para ela:
- Vamos lá fora um pouco.
- OK! - ela disse, sorrindo ainda mais. Acho que pensou que eu iria beija-la com mais intimidade do lado de fora, mas isso não estava em meus planos.
Peguei sua mão direita com a minha esquerda e fui abrindo espaço no meio daqueles corpos dançantes; no meio daquelas luzes meio apagadas meio piscantes meio acessas. Era uma mistura de luzes vermelhas, verdes e azuis e amarelas e até roxas. Passamos por dois seguranças. Um era da Máfia, se chamava Marcelo. Cumprimentei ele com apenas um olhar para não dar pistas de que nos conheciamos. Paramos no rapaz que pegava os ingressos ou o dinheiro das pessoas que ainda entravam de vez em vez. Estavamos no 3/7 de tempo de duração da festa. Ele nos marcou com um carimbo para sairmos e podermos voltar tranquilamente e fomos para o lado de fora. Era 2:30 da madrugada, estava uma noite bem estrelada. Noite de lua cheia.
O estacionamento era em cima de um morro, que continha estradas e ruas. Então fomos até a ponta de uma praça que tinha ali do lado e sentamos num banco para olhar o céu e conversarmos.
- A festa está muito legal, não é? - Perguntou Amanda.
- Está sim! - Disse eu - Voce vai sempre nesses eventos abertos e festas dos Ovos e Dinossauros?
- Vou sim! Gosto bastante! - respondeu Amanda - Eu já te vi em alguns eventos, e eu te acho bem bonito! - Ela disse sorrindo.
Ela estava do meu lado esquerdo e eu do direito no banco. Só haviamos nós ali no banco, mas havia mais alguns grupinhos espalhados pela praça.
- Voce fuma? - perguntei eu.
- Cigarros não! Só Canabis Sativa! Você tem aí?
- Tenho. - disse eu, puxando minha carteira de cigarros do bolso. Eu fumava um cigarro chamado Cometa. Acendi um, e de certo, eu, iluminado pela luz da lua cheia e daquela noite linda, devia realmente estar muito bonito. - Eu te acho linda, Amanda!
- hehe, - Ela disse, abrindo mais um sorrizão de sua linda pessoa e formozura. - Obrigado querido Lupe!
- Mas eu devo te dizer uma coisa, - eu disse, enquanto puxava um baseado de minha bag (bolsa onde eu guardava minha Ccaannaabbiiss Sssaattiivva, e começando a esmurrugar. Parei para olhar para ela e dizer - Eu tenho uma namorada.
Ela estremeceu. Ficou envergonhada. Então disse:
- Me desculpe! Eu não queria interromper nada entre voces dois!!! - ela disse energeticamente. - Eu sei o quão sério é isso! Eu já tive um namorado e sei como é, sei SIM! - Ela disse e começou a fazer uma cara de choro. Eu respondi rápidamente:
- Eu sei, eu sei! Calma, calma! Está tudo bem! - Eu disse botando meu braço direito em seu ombro. - Eu deixei ela a três anos atrás, perto de minha vila ao redor da cidade e vim para a cidade grande.
- Nossa - ela disse.
- Sim! E eu ainda amo ela, e sei que ela ainda me ama, e está me esperando!
- Voce deveria ir ver ela! - Agora era eu quem fazia cara de choro, e comecei a chorar de canto, pelo olho esquerdo, que era o mais afastado dela. Nao que eu tivesse escolhido, mas foi assim que aconteceu. - Se ela te ama, e voce ama ela, o que ta faltando!?
- Eu não posso ver ela! - Eu disse me descontrolando e ainda esmurrugando com a mão esquerda e segurando a ccaannaabbiiss ssaattivvaa com a esquerda. Comecei a chorar, sentindo vergonha, sem olhar para ela. Nao tive coragem. - A mãe dela não deixa eu vê-la. - Menti esta meio verdade. - Mas gosto muito dela, por isso não posso te beijar!
- Eu entendo Lupe! - Amanda disse botando sua mão esquerda em meu ombro. - Olhe para mim - ela disse pegando meu rosto com suas duas mãos. - Está tudo bem! Vamos ser amigos! - e me abraçou.
Nós dois choramos. Bastante.
Quando nos separamos, eu disse, ainda segurando a Ccaannabbiiss Ssaattivva:
- Obrigado Amanda Harekrishna Estrela Dourada! Voce realmente me ajudou a superar uma dor que eu tenho dentro de mim! - E continuei a esmurragar. Quando terminei, peguei uma seda da minha bag e comecei a bolar.
- Voce bola bem! hehe. Está uma maravilha de baseado. Vai ser um prazer fumar! - Ela disse, sorrindo aquele sorrizo lindo dela. - Quem bola acende, meu querido! Vamos fumar agora entao, olhando para essa lua! Pensando em nossos amores.
Eu fiquei surpreso - Voce tambem tem namorado?
- Nao... - ela disse bem triste, olhando para a lua com olhar distante. - Mas ja tive!
Fiquei com dó de perguntar o que aconteceu. Então eu acendi o baseado. Ela continou a falar:
- Ele faleceu, a um tempo atrás. - ela disse, olhando para a sua saia e apertando a saia com as duas mãos. Sofrendo muito ao dizer isso. - Você é um dos poucos que sabe disso.
- Sou é? Seus amigos e familiares não sabem?
- Eu não tenho mais familia Lupe! Sou uma pessoa bem solitária...Meus amigos não sabem. Não gosto de contar coisas tristes para eles. - ela disse olhando para o lado direito, onde não havia ninguem, alem de algumas plantas.
- Eu sinto muito! - eu disse, compadecido.
- Não sinta! - ela disse - Ele morreu pronto para morrer. - Ela disse, olhando para mim novamente, com uma cara séria, mas até em sua cara séria ela tinha um sorriso no canto do rosto. - Nós conversavamos sobre a morte, e ele até queria isto. Ele sofria de câncer no pulmão Lupe. Ele fumava alguns cigarros, e eu tambem. Mas paramos... - ela disse, olhando para o lado direito onde não tinha ninguem além de algumas flores mesmo, e depois olhou para eu de novo. - Mas mesmo assim. - ela começou a chorar de novo - Mas mesmo assim, ele faleceu.
Eu não disse nada. Só dei duas tragadas, contabilizando três, e passei para ela.
- Sinto muito. - eu consegui dizer. Para não ficarmos em total silêncio.
- Não sinta. Eu já disse! - Ela disse pegando o baseado e tragando pela primeira vez na noite ao meu lado. Ela era realmente muito linda. - Ele faleceu na cama de hospital. Eu estava ao seu lado, olhando um programa de televisão religioso. - ela deu mais um trago, faltando mais um para completar os três que minha gangue sempre dava. Fiquei curioso para saber se ela me passaria no terceiro. - Eu chamei um padre, ele foi no seu enterrro. Rezou bastante para ele, e eu vi seu espirito subir aos céus... - Deu mais uma tragada, olhou para baixo. Depois olhou para a lua, gigantesca no ceu, e me passou o baseado!!! Foi depois da terceira tragada!!! Que massa ( gíria que eu aprendi com Rodrigo e Vicente)!!! - Você sabe se isso acontece com todas as pessoas que falecem? - Ela perguntou inocentemente. Então respondi inocentemente:
- Eu acho que não! Acho que somente amores muito incandescentes e apaixonados podem ver o espírito de seu amante indo embora ao falecer. Nem todos tem essa dádiva dada pela Criador. - Eu respondi, pois eu avistava, de vez em quando, algumas almas sairem dos corpos daqueles que eu rezava. Mas não eram todos.
- Ah Lupe!!! - E me abraçou novamente. Foi tão repentino que deixei o baseado cair. - Voce é tão querido... - ela disse baixinho, deixando algumas lágrimas cairem em meu ombro.
Ficou um tempo me abraçando, e o baseado apagou no chão. Eu deixei ela me abraçar até me soltar. Ela limpou o rosto. Sorriu mais uma vez. E deu uma risada, dizendo:
- O baseado em fatos reais caiu ao chão. E a lua, maestralmente ilumina nossos passos para encontra-lo no chão e nós ficarmos chapados ao observa-lá.
- hehe. Voce é uma poetiza?
- Sou sim! Eu arrisco algumas coisas pelo menos.
- Vou  te dizer um poema então. que eu fiz esses dias. - peguei o baseado, assoprei, limpei-o e acendi-o. - Vamos lá - E comecei a recitar com uma voz mais encantada, como eu faço sempre que recito um poema:
Cansei deste mundo!
Cansei destes modos!
Cansei de viver...
Decidi, vou me matar!
Me cansei de você
Mas principalmente de mim mesmo
A morte é uma renegação de um estado
É só mais um grande passo na grande transmutação
E abraçarei ela com os dois braços
Com corpo e alma e com paixão
Como quem deixa muito para tras,
Mas ainda busca muito pela frente.
- Que lindo LUPE!!! - Ela disse sorrindo e se mexendo no banco. - Eu achei lindo demais. - ela deixava cair mais algumas lágrimas.
- Agora sou eu quem vou recitar um que eu fiz, para meu amor que foi-se embora. - Ela disse e nessa hora aconteceu uma coisa que eu sonho até hoje de vez em quando:
Passou um meteoro que caiu em algum lugar no Planeta La Morandos Selados.
- Olha Lupe! Que coisa mais linda! - ela disse apontando para o cometa que passou numa velocidade incrível mas de linda perfeição com o momento que estavamos tendo e que era um grandioso evento da natureza para dois amantes ou amigos ou familiares assistirem.
- Vamos fazer um pedido. - Ela disse, toda sorridente.
- Pedido? - Eu perguntei curioso.
- Sim! Se faz um pedido sempre que vemos um cometa passar nos céus, vai me dizer que não sabe disso? - ela respondeu energeticamente. Estava muito ansiosa para fazer o pedido.
- Ah, sei sim. Deve ser a bebida e o basedo agindo em mim! - Eu disse, esquivando de uma possivel interrogação.
Eu pedi para reencontrar Rosa Borboleta Dia logo. Amanda Harekrishna Estrela Doura, eu nunca soube o que pediu. Talvez tenha pedido pelo bem de seu amor que faleceu, ou para encontrar um novo romance. Nunca saberei. Pedidos assim, são mantidos em segredos até para amigos.
- Ok! Pedidos feitos! Então vou recitar o poema que eu fiz para meu falecido amor, vamos lá! Espero que goste!
Ainda me lembro de sua perfeiçao.
Colada em meu rosto, dia a dia no coraçao.
Sorrindo, meu cavelheiro, lindo, paixão.
Tocou meu peito, deslizando sua mão.
Acariciando minha alma, tocou meu coraçao.
Ai, Ai, divina comédia, eu sei.
E nessa linha de destino, não sei se mais te encontrarei.
Meu raio de sol, minha fragancia de prazer.
Onde foi parar, tudo o que precisaza para o meu ser?
Hoje te vi brilhar, de tudo que passamos me fez lembrar.
Todos os dias eram felizes, toda uma vida para recordar.
Me pergunto como estas, a que outro céu estas a brilhar?
Quem é a iluminada, sortuda, que venceu a luta de saber te amar.
Te carregar, te levar, te cuidar em todas as vezes em que parecia desmaiar.
Sentir teu sono leve, enquanto te sussuro uma cançao de ninar.
A tua promessa eu insisto em acreditar, que a mim voce esta a esperar.
Que mais um sorriso irei de tar, mais uma dança iremos dançar.
Nao sei como isto deveria acabar, mas uma coisa eu devo te contar.
Eu ainda te amo, e nada me fará parar.
- Achei lindo, Amanda! Voce tem o toque especial dos poetas sim! - Terminei de dar três tragos e passei para ela mais uma vez.
Ficamos em silêncio por um tempo.
- Eu vou viajar, Lupe. - ela disse bem séria desta vez. Mas incrivelmente ainda sorriu ao dizer - Vai ser a melhor viajem do mundo!!! - disse energéticamente. - Quero te contar isso, pois sinto que nossas almas se conectaram de uma forma incrivel!
- Vai para aonde Amanda!? - eu disse curioso.
- Vou para um lugar bem distante...- ela disse meio misteriosa, mas acho que decidiu abrir o jogo comigo pois confiava em mim, afinal, quase haviamos nos beijado. - Voce sabe que ocorre um contrabando de arte entre nossa cidade grande e rica e entre um deserto afastado daqui?
- Ja ouvi boatos. - respondi eu.
- Pois então, realmente acontece. E eu vou ir para lá conhece-los e ajuda-los. - Ela disse sorrindo e olhando para a lua e depois voltando a olhar para mim. - Eu vou até o continente dos elfos e indios. Quero muito conhece-los.
- E quando fará esta viagem? - Perguntei eu, pegando o baseado de sua mão. Amanda já havia dado três tragadas.
- Isso...Eu não posso revelar para ninguem! - Ela disse botando o dedo indicador na boca e fazendo sinal de silêncio. - Eu ainda vou fazer algumas coisas antes de fazer esta viagem.
O baseado havia terminado. Nossa conversa havia terminado e voltamos para a festa. Foi assim que aconteceu: Um quase beijo, um cometa passando, um baseado bem fumado que caiu no chão e apagou enquanto choravamos um no braço do outro, e um dos ultimso cigarros que eu fumaria na vida, eu ia tentar parar depois do que ouvi.
No final da festa, havia gente pelada andando de bicicleta, alguns bebados vomitando, algumas pessoas rindo e gritando de felicidade, e alguns outros artistas pintando as paredes do estacionamento. Eu, rodrigo e Vicente fizemos nossas marcas. Cada um fez uma parte de um desenho do logotipo da nossa gangue: Green Bejuice.


Dias depois eu decidi pedir para o líder da gangue, o seu Corleone, proteger e salva-guardar bem estes eventos abertos em plenas ruas da cidade grande, podre e visivelmente corrupta. As vezes tinha pessoal nosso nos eventos, e em quase todos eventos eu tentava ir. Em todos desejava comparecer.
Mas antes disso, devos lhe contar como foram as minhas primeiras rezas para mortes certo? Nao posso deixar passar esses detalhes tão ferozes! Mas é por isso mesmo que eu não gosto de dizer nada sobre isso! É porque não gosto de morte. Até melhor dizendo: Morrer é legal. Os vampiros que vivem eternamente, estão querendo perdão e uma morte mais próxima do nosso querido Criador que é amor puro, ao invés de serem eternos e se arrastarem em um Mundo que alguns seres viventes já não compreendem mais. Mas assasinatos e brigas não são, de fato, de seres legais. Pelo menos assim pensa alguns dos vampiros bons, algumas outras pessoas e seres, e tambem eu, Lupe Dasrusia Margarida Cropane.
E falando em vampiros, Vicente nunca nos levava lá, na residência dele com outros vampiros que eu desconhecia. E eu almejava conhece-los. Lá onde a família vampiresca dos REASPA moravam. E tambem devo dizer que não encontrei nenhum vampiro pela cidade, mas certamente tinha alguns que iam aos eventos abertos. Caracas ate demônios iam para curtir. Nich me falou apontando para uns que jogavam lata de cerveja em qualquer lugar e não ajudavam com o lema do pessoal das ruas que era deixar limpo toda area que utilizavamos. Era um cinza desnecessário, para tanta alegria que traziam esses espaços abertos (sem necessidade de dinheiro) que tinha contribuições espontaneas, e que vinham de dentro do coração, e do bolso, para os artistas e amigos que criavam e ajudavam muito nos eventos abertos.
As missoes da Mafia estavam tranquilas para baixos escalões como eramos nozes (hehe, 'nozes': EU, VICENTE, RODRIGO). As missões turbulentas estavam mais centralizadas nos mafiosos mais antigos e não nos novos como nós. Entao eu pude aproveitar mais, mas ok ok, já ainda vou falar das mortes.
Eu acabei me tornando amigo chegado de Corleone, o dono de nossa mafia. E um dia que estavamos sentados junto a mesa dele, que ficava num belo, interessante, mas meio cafona ainda, escritório. . Um dia iria ficar melhor ainda, mais transbordante de elegância, mas não aquele dia. Tinha uma bandeira, muito emblematica como aquela imagem que tinha aquele dia no trailer, e que eu ignorei.
Eu estava lhe falando de onde eu conheci Cid, menti sobre o local mas o resto foi verdade. Lhe contei sobre os dois livros que meu pai me dera. O cujo que saiu atrás de aventuras e não voltava nunca. Era sobre Atlantis e sobre Matrix estes livros, e ele me disse o seguinte:
- Olha só garoto – e acendeu um cigarro ao falar isso. - eu só lhe deixei vivo por dois motivos, mas o principal é pelo que o Cid me disse.
- Fico lisonjeado, te devo minha vida.
- Não, não deve. Deve, se pensar que deve. Mas nao deve não. - dizia razoavelmente sério, e igualmente tranquilo.
- Bem...obrigado! - eu disse. - E o que Cid Dos Travessão te disse?
- Me falou sobre uma profecia. “Um dia um garoto chegará a esta cidade, e fará belos estragos no sistema corrompido desses demonios. Nao sei como ele vai agir nem atuar, mas quando este sair de seu lar, ele virá. Certamente vão se conhecer. Dasrusia é especial. E tenho uma ideia profunda de que, ele é o ser vivo de alma vivente e esbelta que eu li nas estrelas que irá salvar o mundo. Ele é a chave para nosssos problemas com demônios e toda triste corrupçao de todo o Mundo. Tudo poderá ser resolvido atravéz dos passos desse menino se eu não estiver enganado! E acho que não estou, Corleone!”. Cid quis que você aparecesse. Ele não menciona o verdadeiro nome dele para quase ninguém, e todos que o conhecem, o respeitam pois ele é uma alma de alto nivel intelectual. - disse mexendo na barba que não tinha. - Ele te falou que saiu da caverna de Matrix?
- Falou sim. - respondi humildemente e facilitadoramente de conversa para meu senhor, à minha frente.
- Ele tem umas ideias insanas, mas uma intuição apuradissima, ele seria o melhor homem a trabalhar para mim se tivesse aceitado minha oportunidade de entrar na gangue. Ele não quis entrar oficialmente mas fez um ou mais trabalhos para nossa gangue. - Ele falava com uma cara fechada, como se parecesse uma criança fazendo confissões. De certa forma, era. Realmente. Era o que estava acontecendo. Porque Corleone não se abre com quase ninguém da mafia dele. São sempre ordens e jogo de cintura acirrado para atingir uma vitória espontanea e fluídica. São habitos que o impedem de fazer algo que sua alma almejava. Deu mais tragadas no cigarro olhando cabisbaixo para algo que eu não podia ver com clareza. Era o lixo. - Eu acho que este homem da lenda dele, sobre a famosa profecia... profecia esta que esta sendo espalhada de boca em boca pela cidade, é VOCÊ! E acredito nisso com todas minhas forças pois ele me disse como você era dócil e apaziguador. E voce traz paz ao meu coração só de eu te olhar! De tão pacifico que és! Mesmo  estando no meio dessas mortes, estás firmemente se equilibrando numa corda exponente entre dois picos distantes a muitos metros de altura. E você está se equilibrando ao máximo, com proeza e manhas, e és forte, Não corrompeu seu coração nenhuma vez... Não se jogou em vicios de alchool, nem muito das drogas... e nem nas prostitutas. Eu sinto muito te botar nessa situação de limpar os cadáveres para mim! Rezar por almas de inimigos, eu digo! Pois és muito digno o que fazes, fizestes e ainda contribuirá para minha pessoa. Mas de fardo pesado para uma alma como a sua, aff mano se tá de brincadeira! Então, entao.. !!! EU te liberto. Se quiseres sair da mafia a partir de hoje você poderá sair. Sem problema algum, desde que não conte nada sobre quem conheceu aqui nem sobre o que fazemos e fizemos.
- MAS COMO ASSIM SALVAR O MUNDO!? EU? - eu surtava - EU NÃO FIZ NADA!!! QUERO DEMAIS APENAS CONHECER A CIDADE GRANDE E RICA, quem sabe resolver alguns misterios no meio do caminho.
- OLHA, não importa! Cid Dos Travessão me disse que um anjo virá do céu e salvará o mundo de toda e qualquer forma de maldade e pecados. Essa é a profecia mais comumente conhecida e acreditada. Esse anjo virá. Agora sobre o garoto que salvará o mundo, podendo muito certamente e belamente sendo você, isso apenas Cid me contou, e não sei se ele esta certo ou não. Mas confio em suas palavras e teses idealizadas.
- Olha, Corleone... – eu estava muito surpreso e aturdido. Não perdi a cintura mesmo estando na loucura atacada de um bom ser humano. Porque um homem daquele tamanho (ele era meio gordo) tinha baixado sua guarda em minha frente e estava sendo muito gentil e generoso comigo, eu tinha de responder de estutura corporal certa, aurea e ações de forma ao menos especial. Foi do jeito que foi, e foi assim que aconteceu. Eu continuei a me comunicar, meio insano da cabeça. - Eu vou pensar sobre isso e depois te conto se eu descobri se sou ou não parte de uma profecia. E quanto ao papo de sair da mafia: Eu não escutei a maior parte de seus planos com o pessoal que conversava. Saí em apenas duas missões com voce, Patrão. - Eu me espichava por dentro tentando me esconder de meu líder, que eu amava, contemplava, admirava e respeitava. Continuei - Então, quanto a isso não tenho muito o que falar mesmo. Quanto ao seu pessoal, eu adorei conhecer todos eles, menos alguns mais agressivos mas o que seria nossa Mafia sem eles não é mesmo? E outra, eu sou apaixonado pela amizade que tenho com Rodrigo e Vicente, eles me mostraram muito da cidade, e seus encantos, que eu só tenho a agradecer! - Disse EU, soltando o corpo. O suor escorria pelo rosto. Vinha lá do topo da testa. Eu estava tenso e ollhava para a janela, esperando o momento de sair dali e voltar a contemplar nas ideias de que eu era o salvador de El Amor Selado. Seria e será da hora, eu pensava. Qualquer monstro em minha mente sumiria e eu ia tentar assasina-los e viajar na minha vibe. Isso porque eu estava LOUCO com o que ouvia. E porque eu tambem queria que saisse um gnomo, um imp ou uma fada para me aliviar o estress e me trazer melhores harmonias, e quem sabe eles não poderiam me confirmar esta historia? Sempre que eu procurava, em minha mente, se eu era ou não o herói super hiper mega estrondozo, vinha infimos detalhes que me deixavam mais tensos e mais relaxados dependendo do que eu pensava. E eu só pude me espreguiçar apenas uma vez sem parecer mais idiota, levantando os braços para cima e deixando o corpo mais relaxado. Continuei - E quanto ao serviço, bem, tem sido mais fácil desde que ganhei este aparelho...qual o nome mesmo? - perguntei eu demonstrando o aparelho de mp3 que eu tinha no bolso. Sempre levava comigo.
- Mp3. - disse, abrindo o seus braços para frente, como se estivesse embaralhando duas colunas em lados separados, de um baralho de carta. E sabemos que o mais comum é a cor dos naipes inteiros serem de duas cores: Vermelhas e Pretas.
- Isto! Esse mp3 branco, parece que ele é magico. Parece que ele suga as almas das vitimas para dentro do meu ouvido, e eu acabo escutando EVERYTHING (TUDO) - EU e minha mania de falar frases ou palavras e principalmente gírias gringas. - Tudo como se estivesse acontecendo no presente do presente e não no passado ou no futuro, mas exatamente no presente. O silêncio da arma disparando é tremenda, e os Guris sempre apontam e atiram na hora certa do embalo de uma musica tocando! Não sei bem explicar! ... Mas é mágico!!! A musica... canções... envolvem-se com danças corporeas abstratas em meu ouvido e tela de raciocionio. Ouço os sons de disparos de armamentos, e os guris são slênciosos muitas vezes não causam tumulto e me deixam trabalhar em paz. Eu não vou largar a mafia, não agora. MAS PORRA! Todos os dias eu vejo merda de assasinatos na televisao! TODOS OS DIAS! Essa cidade é grande, rica e visivelmente corrupta!!! - disse EU me exaltando completamente. Que surto. Eu continuei meu surto psicótico - Não deveria ser tão perigosa assim!!! NÃO DEVERIA EXISTIR TANTAS MORTES!!!
- Aqui é como se fosse um continente inteiro você sabe disso.
- Sei, e desculpa perder a linha chefe! Mas é que a cidade me incomoda e corrompe humanos que são um quadro branco com zilhões de possibilidades para refletirem arte. Mas não são muitas visões felizes...Muito pior do que estas mortes, que você sempre tem uma justificativa para fazer. E a diferença é quase minima, de minha parte, entre estar na frente da televisão vendo uma morte e estar presencialmente perto da morte de vida de algum ser vivo. Apenas o cheiro, very discasting! Nojento! É TERRIVEL! Não esquente pois logo em seguida entramos no carro e sentiremos o gosto doce e perigoso e cheio de paradoxos: CIGARRO.
- AH, então Vicente logo lhe passou seu vicio, não é mesmo!? - Perguntou Corleone devidamente surpreso e contemplativo ao questionar.
- Nao havia como não passar, ele me disse que relaxava e tirava o nervossismo, então eu fumo sempre antes de fazer uma missao e depois de sairmos intactos dela. - disse eu soltando um peso de minha alma. - As missões que você me passa são leve comparadas aos outros mafiosos, e eu te agradeço por isso. E também...chefe eu arrumei amigos do lado de fora que estao a fumar baseado a essa mesma hora na praça aqui de perto. Eles fumam cigarros tambem. É super legal algumas das propagandas que eu vejo na televisão sobre cigarros. Acho elas bem legais! Queria participar de uma delas.
- So aqueles que se deixam afetar por anos, como eu Lupe é que realmente sofrem a consequencia do cigarro.  Maior parte do tempo você tem razão: Cigarros ajudam a relaxar o corpo como uma medicina, mesmo sendo ruins. As vezes, te ajudam a ficar mais acordado e contemplativo. - o cigarro dele já terminara e ele jogou no lixo a bituca. Voltou cheirando a mao e disse – Só o cheiro é ruim de sair.
E nós dois rimos.
- Eu tenho um favor a pedir, sobre estes eventos da cidade grande. Estes que são da rua... - comecei a dizer eu.
- Sim sim, os eventos abertos que nós, conscientemente saudamos e gostamos.
- Eu quero que você force um pouco mais, pois estes eventos podem acabar indo para alguns momentos ruins.
- Nós já rondamos os eventos abertos, Lupe. E ajudamos no que podemos! No quê mais você quer que nós façamos?
- Quero que deixe um rapaz que conheci...à entrar na nossa Green Bejuice.
Silêncio.
- O nome dele é Nicholas Pereira, e...
- Nicholas Pereira?! Conheço este rapaz. Foi ele que te levou ao show da Kardeshian, e te apresentou poesias... - voce já me falou dele. E eu conheço seus pais. É um cara gente fina.
- Oh – foi só o que pude responder, pois engoli em seco. Não sabia que o chefe iria se lembrar do nome que eu citei. Dizendo que fui ao show com ele de graça, por ele ter ganhado os ingressos na radio. E eu também, estava lendo algumas poesias que escrevi e o pessoal da gangue havia gostado. Alguns riam...outros choraram...alguns me apertavam a mao com muita honra e contentamento no rosto.
- Nicholas Pereira entrará para Beejuice. Pois ele tem muito a adicionar com sua imersa solidariedade e coração.
- Padrinho...É isso mesmo, ele pode ajudar com informaões e com taticas de guerra.
- Voce não anda contando por aí que você é da Mafia. NAO é LUPE? - ficou brabo de repente, mas eu realmente contei para MUITOS poucos, quase ninguém sabia de minha segunda identidade.
- Não, chefe. NAO! Contei apenas para Nicholas E mais duas pessoas de tremenda confiança. Amigos de Rodrigo e amigos de Vicente. ! . Somente!
- Voce sabe que não pode falar para ninguem estas coisas, mas eu sei que as vezes escapa. Até que já se passaram tres anos desde que ingressou na máfia comigo. - ele disse mexendo na barba que ele não tinha. - Então esta feito. Chame ele aqui e conversaremos...A SÓS!
O tempo passou naquela tarde calorenta e achei Nicholas em um bando de pessoas, filosofando:
- Da estrada esburacada para a estrada nunca esburacada...Oh, oi Lupe.
- Oi Nich, vim te chamar – ele estava ouvindo um radinho no meio da praça, com um pessoal na frente. Conversei bem baixinho, para só ele ouvir. - O P-a-d-r-i-n-h-o, deixou você entrar para a mafia.
Nós demos um abraço, ele ficou muito feliz. Ofereceu logo para eu fumar um baseado rico daquelas proteinas azuis que só nosssa gangue vendia. O ar ficou novamente belo e tudo ficou menos complicado. Levei ele ate a sede, muitos brincaram com ele antes de entrar na sede, mostrando armas e se divertindo. Nicholas fez eles sorrirem a cada nova empreitada. Tanto que alguns mafiosos disseram: “Esse vai ser dos bons.”. Quando entrei na sala de Corleone, Nicholas entrou.
- Ah! Entao é você, Nicholas Pereria.
E em um instante, eu deixei eles sozinhos.
Quando fechei a porta, ainda cheguei a ouvir o padrinho dizendo logo de cara:
- Você esta dentro, seu merdinha! Só não seja um palhaço fanfarrão!!! SEU BOSTA!
E eu fechei a porta com um duplo sorriso. Mas ainda muito preocupado.

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